Reflexões sobre a câmara mirim e o brinquedo improfanável
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2017v35n4p1182Abstract
O presente ensaio propõe-se a discutir a Câmara Mirim – projeto educativo brasileiro por meio do qual as crianças, após processo seletivo escolar, são convidadas a desempenhar papel político semelhante ao dos deputados na formulação de leis – como proposta que, em vez de ouvir a política característica da infância, estranha e inapreensível, acaba por lhe impor uma forma de intervenção adultocêntrica e, dessa forma, silenciadora. Para tanto, o texto divide-se em duas etapas: primeiro, discute-se a relação entre infância, brincadeira e profanação, para, a seguir, abordar-se o vínculo entre as escolas e a Câmara Mirim como exemplo de submissão do processo educativo a demandas do mundo adulto. Em resumo, se a política da infância interpela a vida adulta sob o ponto de vista da diferença, a estetização da política, tal como praticada pela Câmara Mirim, insere as crianças num mundo ao mesmo tempo previsível e como que inevitável.
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