Entre silêncios e silenciamentos: relações de gênero, sexualidades e ensino de História
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2019.e61875Abstract
O presente artigo é parte de uma pesquisa, já concluída, que buscou investigar as relações entre cultura visual, currículo, formação docente e educação. Como instrumento metodológico foi aplicado um questionário qualitativo com questões abertas. Neste texto, vamos trabalhar com as respostas das alunas do curso de Pedagogia de uma universidade pública federal a duas questões que diziam sobre o ensino de História, as relações de gênero e as sexualidades. Estamos tomando o espaço escolar e o ensino de História como produtores e veiculadores de relações de gênero e sexualidades e, por conseguinte, como responsáveis por processos de silêncios e silenciamentos que afetam os modos de subjetivação, constituindo modos dos sujeitos se colocarem no mundo e de pensarem a si mesmos. Uma problemática de investigação e de análise que nos aproxima da perspectiva pós-estruturalista, sobretudo de inspiração foucaultiana, que entende a educação como um processo mais amplo de constituição dos sujeitos que ocorre na produção de discursos e saberes.
Literaturhinweise
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Terceiro e Quarto Ciclos do ensino fundamental - História. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – Temas transversais, volume 10.5. História. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRITZMAN, Deborah. Curiosidade, sexualidade e currículo. In.: LOURO, Guacira Lopes (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 83-112.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero – feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CARDOSO JÚNIOR, Hélio Rebello. Pensar a Pedagogia com Deleuze e Guattari: amizade na perspectiva do aprender. Revista Educação & Realidade, (31) 1, Jan. /Jun. 2006. Porto Alegre: editora da UFRGS, 2006, p. 37-52.
CASTRO, Roney Polato de. Experiência e constituição de sujeitosdocentes: relações de gênero, sexualidades e formação em Pedagogia. 2014. 256f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG.
FERRARI, Anderson. Silêncio e silenciamento em torno das homossexualidades masculinas. In: FERRARI, Anderson & MARQUES, Luciana Pacheco. Silêncios e Educação. Juiz de Fora: ed. UFJF, 2011, p. 91-112.
FERRARI, Anderson. “E se a mulher do senhor feudal transar com o servo?”: curiosidade, ensino de história, gênero e sexualidade. In: RODRIGUES, Carlos Henrique; GONÇALVES, Rafael M. (Orgs). Educação e diversidade: questões e diálogos. Juiz de Fora, MG: Editora da UFJF, 2013. p. 33-48.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Trad.: Mª Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 13 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
FOUCAULT, Michel. Polêmica, Política e Problematizações. In: FOUCAULT, Michel. Ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, p. 225-233.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. XX ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.JENKINS, Keith. A História Repensada. São Paulo: Contexto, 2011.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. p. 09-34.
MEYER, Dagmar E. Abordagens pós-estruturalistas de pesquisa na interface educação, saúde e gênero: perspectiva metodológica. In: MEYER, Dagmar E.; PARAÍSO, Marluce A. (Orgs.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza edições, 2012. p. 47-61.
MISKOLCI, Richard. Abjeção e desejo. Afinidades e tensões entre a Teoria Queer e a obra de Michel Foucault. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. p. 325-338.
MORENO, Montserrat. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola. Trad.: Ana Venite Fuzatto. São Paulo: Moderna; Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1999.
PERROT, Michelle. Escrever uma história das mulheres: relato de experiência. Cadernos Pagu. Campinas, vol (4), 1995, p. 9-28.
PULCINO, Rachel. “É algo socialmente construído”: gêneros e sexualidades na escola entre percepções de docentes e estudantes. Tese de doutorado em Educação apresentada no Programa de Pós-graduação em Educação da PUC-Rio, fevereiro de 2019.
SEFFNER, Fernando. Saberes da docência, saberes da disciplina e muitos imprevistos: atravessamentos no território do ensino de História. In: BARROSO, Vera Lúcia Maciel et al. (Orgs.). Ensino de História: desafios contemporâneos. Porto Alegre: EST Edições ANPUH RS, 2010. p. 213-230.
TARDIF, Maurice. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação, Petrópolis, n.13, p.5-24, 2000. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/n13/n13a02.pdf. Acesso em: 18 fev. 2016.
VEIGA-NETO, Alfredo. Incluir para excluir. In: LARROSA, Jorge; SKLIAR, Carlos (Orgs). Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.