Jovens na modalidade EJA: do “ficar de boa” à função das tecnologias digitais de informação, comunicação e expressão

Autores

  • Helga Valéria de Lima Souza Universidade de Brasília, UnB. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
  • Carlos Alberto Lopes de Sousa Universidade de Brasília, UnB Faculdade de Educação (FE) Departamento de Teoria e Fundamentos (TEF)

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n2p687

Resumo

A partir da constatação do fenômeno da juvenilização em turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizou-se uma pesquisa que possibilitasse a manifestação discursiva destes jovens, apresentando suas autodefinições como jovens ou adultos e a função das Tecnologias Digitais de Informação, Comunicação e Expressão (TDICE).  Sobre o perfil do jovem educando da EJA, dialogou-se com Oliveira (1999), Mello (2009) e Dayrell, Nogueira e Miranda (2011). Para melhor entendimento sobre a função das TDICE, partiu-se de Alava (2002). Foram realizadas entrevistas em grupo e individuais (GASKELL, 2004), com a participação de nove educandos de uma escola pública. Os resultados indicaram que os sujeitos pesquisados se autoclassificam como jovens, tendo como principal critério “ficar de boa”. Os adultos são referenciados como aqueles que “têm pendências”, ou seja, necessitam de pagar contas e de trabalhar para prover seu próprio sustento e o das suas famílias. Atribuem e utilizam as TDICE em função da comunicação, da inserção social, da diversão e de pesquisas diversificadas, contudo sem foco em conteúdos escolares. O aspecto norteador para que os educandos se autodefinam jovens, jovens-adultos ou adultos tem como critérios a visão, o posicionamento e os discursos apresentados por suas famílias no processo de interação social, sejam eles diretos ou indiretos.

Biografia do Autor

Helga Valéria de Lima Souza, Universidade de Brasília, UnB. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.

Mestre em Educação e doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). Integra o grupo de pesquisa Educação, Tecnologias e Comunicação (FE/PPGE-UnB). Professora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).

Carlos Alberto Lopes de Sousa, Universidade de Brasília, UnB Faculdade de Educação (FE) Departamento de Teoria e Fundamentos (TEF)

Doutor em Sociologia (PUC-São Paulo). Prof. Associado da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, atuando na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação.

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Publicado

2018-07-30

Como Citar

Souza, H. V. de L., & Lopes de Sousa, C. A. (2018). Jovens na modalidade EJA: do “ficar de boa” à função das tecnologias digitais de informação, comunicação e expressão. Perspectiva, 36(2), 687–700. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n2p687