Movilización del trabajo y escolarización en el proceso de modernización en comunidades rurales em el Valle Jequitinhonha (Minas Gerais, Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e66867Resumen
Con ese trabajo, buscamos discutir la relación entre movilidad del trabajo y escolarización, a partir de un análisis del proceso de modernización en comunidades rurales del Valle del Jequitinhonha (Minas Gerais, Brasil), desde encuestas realizadas entre 2004 y 2014 para estudios y reflexiones realizadas en el período (LEITE, 2010 e 2015). Con respecto al momento contemporáneo, notaremos el amplio proceso de escolarización experimentado por los jóvenes del campo y cómo ello implica en procesos migratorios, aunque temporales o pendulares, cambiando la relación entre reproducción familiar y empleo en la tierra. A partir de una lectura histórica y con una extrapolación de la discusión sobre la migración hacia el problema conceptual de la movilidad del trabajo, además, encontraremos la escolarización como momento de un proceso de autonomización no sólo entre tierra y trabajo, como en el caso de aquellos hijos de campesinos que se escolarizan pudiendo movilizar su fuerza de trabajo independiente de la tierra que poseían, pero también, antes aún, entre tierra, capital y Estado. En ese momento estuvo también la escolarización en el centro de un proceso de suplantación de la antigua iniciativa privada con la espada en las manos por hijos ilustrados a convertirse en propietarios rurales rentistas y absentista que urbanizan sus hábitos y formaban la tecnocracia del proceso que permitiría la efectiva institucionalización del Estado en Brasil. Para concluir, volvemos al momento contemporáneo, interpretado conceptualmente como un desarrollo crítico de ese proceso de autonomización, para situar los horizontes que enfrenta la escuela frente a la actual movilidad del trabajo en crisis.
Citas
ADORNO, Sérgio. Os aprendizes do poder: o bacharelismo liberal na política brasileira. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. v. 1.
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. v. 1.
ARROYO, Miguel G. Mestre, Educador, Trabalhador: organização do trabalho e profissionalização. 1985. Tese (Professor Titular) – Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG, Belo Horizonte, 1985.
BARREIRO, Iraíde M. de Freitas. Articulação entre desenvolvimento econômico e educação aos países latinos: educação rural no Brasil – anos cinquenta. Projeto História. Revista do Programa de Estudos Pós-graduados de História, São Paulo, v. 32, p. 123-142, 2006. ISSN 2176-2767. Disponível em: https://bit.ly/3m1Gt1m. Acesso em: 31 de jul. 2019.
BIANCHINI, Valter. Pronaf 20 anos. 20 anos do Pronaf, 1995-2015, Avanços e desafios. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2015.
BRASIL. Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Estatuto do Índio. Diário Oficial na União: Brasília DF, Seção 1, p. 13177, 19 dez. 1973.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Diário Oficial na União: Brasília DF, Seção 1, p. 1, 5 out. 1988.
BRASIL. Legislação. Decreto nº 1.775, de 8 de janeiro de 1996. Dispõe sobre o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas e dá outras providências. Brasília, 1996. Diário Oficial na União: Brasília DF, Seção 1, p. 265, 9 jan. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Superior. Portaria n° 552, de 25 de julho de 2007. Dispõe as Diretrizes Gerais de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Brasília: MEC, 2007. Disponível em: https://bit.ly/33jMK02. Acesso em: 31 jul. 2019.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Territórios da Cidadania. Brasília: MDA, 2008. Disponível em: https://bit.ly/3k7BZVn. Acesso em: 31 de jul. 2019.
BRASIL. Lei n° 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial na União: Brasília DF, Seção 1, p. 1, 26 jun. 2014.
CARVALHO, José Murilo. Ouro, terra e ferro: vozes de Minas. In: CARVALHO, José Murilo. Minas e os fundamentos do Brasil moderno. 1. ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005. v. 1.
CARVALHO, Marta M. Chagas. A Escola e a República. 1. ed. São Paulo – SP: Brasiliense. Coleção Tudo é História, 1989. v. 1.
CATINI, Carolina de R. A escola como forma social: um estudo do modo de educar capitalista. 2013. 258 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
DANTAS, Ibarê. Coronelismo e dominação. 1. ed. Aracajú: UFS, 1987. v. 1.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. Rio de Janeiro: Globo, 2001. v. 1.
FIGUEIREDO, Anísia de Paulo (org.); FERNANDES, Antônio Carlos; CONCEIÇÃO, Wander José da. A terra, o pão, a justiça social: a importante participação da igreja nas políticas públicas do Brasil. 1. ed. Belo Horizonte: Fumarc, 2010. v. 1.
FIGUEIREDO, Carlos. Me ajude a levantar: depoimento de Maria Lira, uma mulher do Jequitinhonha. 4. ed. Belo Horizonte: Pedra Verde, 1981. v. 1.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. 3. ed. Rio d Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1961. v. 1.
FOUCAULT, Michel. História da Loucura na Idade Clássica. 1. ed. São Paulo: Perspectiva, 1978. v. 1.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 1987. v. 1.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A vontade de saber. 2. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
GAUDEMAR, Jean-Paul de. Mobilidade do trabalho e acumulação do capital. 1. ed. Lisboa: Estampa, 1977. v. 1.
GAUDEMAR, Jean-Paul de. La movilización general. 1. ed. Madrid: Las Ediciones de La Piqueta, 1981. v. 1.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. v. 1.
KURZ Robert. Dinheiro sem valor. Linhas gerais para uma transformação da crítica da economia política. 1. ed. Lisboa: Antígona, 2014. v. 1.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo o Brasil. 3. ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976. v. 1.
LEFREBVRE, Henri. A vida cotidiana no mundo moderno. 1. ed. São Paulo: Ática, 1980. v. 1.
LEITE, Ana Carolina Gonçalves. O campesinato no Vale do Jequitinhonha: da sua formação no processo de imposição do trabalho à crise da (sua) reprodução capitalista. 2015. 799 f. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
LEITE, Ana Carolina Gonçalves; KLUCK, Erick G. J.; PITTA, Fábio T. Mudanças na forma de reprodução camponesa e em suas relações com o Estado. Revista de Geografia, Recife, v. 35, n. 1, p. 247-267, 2018. ISSN 0104-5490. Disponível em: https://bit.ly/3bG1Ss4. Acesso em: 31 jul. 2019.
MAIA, Cláudia M. de J. “Lugar” e “trecho”: migrações, gênero e reciprocidade em comunidades camponesas do Jequitinhonha. 2004. 176 f. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2004.
MARTINS, José de S. Capitalismo e tradicionalismo: estudos sobre as contradições da sociedade agrária no Brasil. 1. ed. São Paulo: 1975. v. 1.
MARTINS, José de S. Migrações temporárias: problema para quem? In: FACCIOLI, I. et al. (org.). Migrantes temporários, peregrinos da resistência. São Paulo: Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), 1991, p. 27-32.
MARTINS, Luiz. O patriarca e o bacharel. 2. ed. São Paulo: Alameda, 2008. v. 1.
MARX, Karl. O capital. Crítica da economia política. 1. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Livro 1, v. 1, t. 1.
MARX, Karl. O capital. Crítica da economia política. 1. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984. Livro 1, v. 1, t. 2.
MARX, Karl. O capital. Crítica da economia política. 1. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1986. Livro 3, v. 4, t. 2.
MOURA, Margarida M. Os deserdados da terra: a lógica costumeira e judicial dos processos de expulsão e invasão da terra camponesa no sertão de Minas Gerais. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988. v. 1.
NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). 1. ed. São Paulo: Hucitec, 1979. v. 1.
OLIVEIRA, Francisco. Elegia para uma re(li)gião: Sudene, Nordeste, planejamento e conflito de classes. 1. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. v. 1.
OLIVEIRA, Francisco. Os direitos do antivalor: a economia política da hegemonia imperfeita. Petrópolis: Vozes, 1998. v. 1.
OLIVEIRA, Rusiano P. de; AQUINO, Joacir R. A previdência rural e sua importância para as famílias pobres no Nordeste: resultados de um estudo de caso no Rio Grande do Norte. Rev. Econ. NE, Fortaleza, v. 48, n. 1, p. 115-130, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3k2NJbq. Acesso em: 31 jul. 2019.
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo: Colônia. 16. ed. São Paulo: Brasiliense, 1979. v. 1.
RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar. Brasil: 1890-1930. 1. ed. São Paulo: Paz e terra, 1995.
REGO, Walquiria. L.; PINZANI, Alessandro. Vozes do Bolsa-Família. 1. ed. São Paulo: Unesp, 2013. v. 1.
SERVILHA, Mateus de Moraes. O Vale do Jequitinhonha entre a “di-visão” pela pobreza e sua ressignificação pela identidade regional. 2012. 354 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012.
SILVA, Dalva M. de O. A arte de viver. Riqueza e pobreza no médio Jequitinhonha – Minas Gerais – de 1970 a 1990. 1. ed. São Paulo: Educ, 2007. v. 1.
SILVA, Maria Aparecida de M. Errantes do fim do século. 1. ed. São Paulo: Unesp, 1999. v. 1.
SMITH, Adam. A riqueza das nações. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. v. 1
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Ana Carolina Gonçalves Leite
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.