Exploração sociolinguística das implicações das necropolíticas e das hierarquias raciolinguísticas no ensino e na aprendizagem de línguas: um estudo de caso com estudantes adultos bilíngues hispano-catalães
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2024.e98638Parole chiave:
Necropolitics, Colonialism., RaciolinguisticsAbstract
Este artigo investiga o impacto das necropolíticas e da raciolinguística na educação linguística, utilizando dados de um estudo longitudinal centrado nas percepções do português entre adultos bilíngues hispano-catalães. O estudo empregou uma metodologia qualitativa ao longo de três anos, recolhendo dados através de inquéritos, narrativas visuais e textuais, grupos focais e observações em sala de aula. Os resultados destacaram o impacto das necropolíticas e das hierarquias raciolinguísticas, contribuindo para disparidades na valorização social das línguas. Além disso, observou-se que as percepções dos estudantes sobre o idioma serviram como fator motivador para a aprendizagem do português. Por isso, recomenda-se uma reavaliação das políticas educativas para promover a equidade linguística e a inclusão, especialmente em contextos multiculturais e plurilíngues como a Catalunha. Este estudo enfatiza a necessidade de abordar as dinâmicas socioeconômicas e suas repercussões na identidade e nos estereótipos.
Riferimenti bibliografici
ALIM, H. S. Introducing raciolinguistics: Racing language and languaging race in hyperracial times. In: ALIM, H. S.; RICKFORD, J.; SMITHERMAN, G. (Eds.). Raciolinguistics: How language shapes our ideas about race. Oxford: Oxford University Press, 2016. p. 1–30.
ANZALDÚA, G. Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. Madrid: Capitán Swing Libros S.L., 1987.
BENVENISTE, E. Problemas de linguística geral II. Madrid: Siglo XXI de España Editores S.A., 1999.
BAKHTIN, M. J. A estética da criação verbal. México: Siglo XXI, 1982.
BUTLER, J. O gênero em disputa: O feminismo e a subversão da identidade. Ediciones Paidós Ibérica, 2007.
CABRAL, B. Linguistic confinement: Rethinking the racialized interplay between educational language learning and carcerality. Race, Ethnicity and Education, v. 26, n. 3, p. 277–297, 2022. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13613324.2022.2069742. Acesso em: 22 dez. 2023.
CHAKRABARTY, D. Uma pequena história dos Estudos subalternos. In: SANTOS, B. de S.; MENESES, M. P. (org.). Repensando a subalternidade: Miradas críticas desde/sobre América Latina. Lima, Peru: Instituto de Estudos Peruanos, 2010. p. 25-52.
COMMON EUROPEAN FRAMEWORK OF REFERENCE FOR LANGUAGES. CEFR. Common European Framework of Reference for Languages: Learning, Teaching, Assessment. 2002. Disponível em: https://www.coe.int/en/web/common-european-framework-reference-languages. Acesso em: 20 dez. 2023.
ESTÉVEZ, A. Biopolitics and necropolitics: opposite or constitutive?. Espiral: Estudios sobre Estado y Sociedad, v. 25, n. 73, p. 1-35, 2018. Disponível em: http://www.espiral.cucsh.udg.mx/index.php/EEES/article/view/7017. Acesso em: 20 dez. 2023.
FANON, F. Os condenados da terra. México D.F.: Fondo de Cultura, 1980.
FLORES, N.; ROSA, J. Undoing appropriateness: Raciolinguistic ideologies and language diversity in education. Harvard Educational Review, v. 85, n. 2, p. 149–171, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.17763/0017-8055.85.2.149. Acesso em: 22 dez. 2023.
FLORES, N.; ROSA, J. Undoing competence: Coloniality, homogeneity and the overrepresentation of whiteness in applied linguistics. Language Learning, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1111/lang.12528. Acesso em: 22 dez. 2023.
FOUCAULT, M. Seguridad, territorio, población. Curso del Collège de France (1977-1978). México: Universidad Veracruzana, 2006. Disponível em: https://www.uv.mx/tipmal/files/2016/10/M-FOUCAULT-SEGURIDAD-TERRITORIO-POBLACION.pdf. Acesso em: 22 dez. 2023.
FOUCAULT, M. El nacimiento de la biopolítica. Curso del Collège de France (1978-1979). Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007. Disponível em: https://monoskop.org/images/d/d2/Foucault_Michel_El_nacimiento_de_la_biopolitica.pdf. Acesso em: 19 dez. 2023.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GRAMMON, D. Es un mal castellano cuando decimos ‘su’: Language instruction, raciolinguistic ideologies, and study abroad in Peru. Linguistics and Education, v. 71, p. 1–10, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.linged.2022.101078. Acesso em: 21 dez. 2023.
HENRY, E. The otherness of talk: Raciolinguistics and the white foreign body of English in China. Anthropological Forum, v. 30, p. 377–397, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00664677.2020.1851653. Acesso em: 22 dez. 2023.
KALAJA, P. Student teachers’ beliefs about L1 and L2 discursively constructed: A longitudinal study of interpretative repertoires. In: KALAJA, P.; BARCELOS, A. M. F.; ARO, M.; RUOHOTIE-LYHTY, M. (ed.). Beliefs, agency, and identity in foreign language learning and teaching. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2016. p. 97-123.
KALAJA, P.; DUFVA, H.; ALANEN, R. Experimenting with visual narratives. In: BARKHUIZEN, A. G. (ed.). Narratives in Applied Linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2013. p. 1-26.
MACHADO, A. M.; PAGEAUX, D. H. Da Literatura Comparada à Teoria da Literatura. Lisboa: Editorial Presença, 2001.
MATIAS SANTOS, D.N. Estudio sobre las imágenes asociadas a la lengua portuguesa por aprendientes plurilingües de PLE en Barcelona. 2021. Tesis (Doctorado en Ensenyament de llengües estrangeres) - Universitat de Barcelona, Barcelona, 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/2445/178727. Acesso em: 14 dez. 2023.
MBEMBE, A. Notes provisoires sur la postcolonie. Politique Africaine, France, v. 60, p. 76-109, 1995.
MBEMBE, A. Al borde del mundo: fronteras, territorialidade y soberanía en África. In: MEZZADRA, S. Estudios postcoloniales: Ensayos fundamentales. Madrid: Traficantes de Sueños, 2008. p. 167-196.
MBEMBE, A. A universalidade de Frantz Fanon. Lisboa: ArtAfrica, 2012.
MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
MBEMBE, A. Descolonização, necropolítica e o futuro do mundo com Achille Mbembe. Outras Fitas Brasil, 2019. Disponível em: http://afita.com.br/outras-fitas-descolonizacao-necropolitica-e-o-futuro-do-mundo-com-achille-mbembe/. Acesso em: 22 dez. 2023.
NDHLOVU, F. South Africa's social transformation policies: Raciolinguistic ideologies and neoliberal rhetoric. Journal of Multicultural Discourses, v. 14, n. 2, p. 131–151, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1080/17447143.2019.1592177. Acesso em: 22 dez. 2023.
NISHIYAMA, H. Towards a global genealogy of biopolitics: Race, colonialism, and biometrics beyond Europe. Environment and Planning D: Society and Space, v. 33, n. 2, p. 331–346, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1068/d19912. Acesso em: 22 dez. 2023.
NOYA, J. La imagen de España en el Exterior. Estado de la Cuestión. Real Instituto Elcano de Estudios Internacionales y Estratégicos. Real Instituto Elcano, 2002. Disponível em: https://www.realinstitutoelcano.org/wp-content/uploads/2021/11/noya-imagen-espana-exterior.pdf. Acesso em: 22 dez. 2023.
PARK, J. Raciolinguistic construction of Southeast Asia in Korean cartographies of language. In: LEE, J. W. (ed.). The sociolinguistics of global Asias. Routledge, 2022. p. 11–23.
PAVLENKO, A. Autobiographic Narratives as Data in Applied Linguistics. Applied Linguistics, v. 2, n. 28, p. 163-188, 2007.
PELBART, P. Necropolítica tropical: Fragmentos de um pesadelo em curso. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
ROSA, J.; FLORES, N. Rethinking Language Barriers & Social Justice from a Raciolinguistic Perspective. Daedalus, v. 152, n. 3, p. 99-114, 2023. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/10.2307/48739984. Acesso em: 22 dez. 2023.
VYGOTSKY, L. S. Mind in society: The development of higher psychological processes. Cambridge: Harvard University Press, 1978.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. In: Obras escolhidas II. Moscou: Editorial Pedagógica, 1982.
ZENTELLA, A. C. Growing up Bilingual: Puerto Rican Children in New York. In: SARAVIA SHORE, M.; ARVIZU, S. (eds.). Cross Cultural Literacy: Ethnographies of Communication in Multiethnic Classrooms. N.Y: Garland Publishers, 1981. p. 211-226.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2024 Danielli Neves Matias Santos, Kevin Randall Steil

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.
