Um retrato da Educação Infantil no/do Campo no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2019.e54170Abstract
A Educação Infantil e as infâncias do campo têm registrado em diferentes marcos regulatórios de nosso país direitos essenciais no que se refere ao atendimento das crianças em instituições educativas. No entanto, mesmo com a luta dos movimentos sociais do campo e da Educação Infantil, dados apontam a discrepância entre o número de crianças matriculadas na etapa no contexto rural e urbano brasileiro (ROSEMBERG; ARTES, 2011). No Rio Grande do Sul, a demanda por creche e pré-escola, bem como as condições de oferta, foram questões estudadas pela pesquisa Caracterização do atendimento de crianças de 0 a 6 anos residentes em áreas rurais do Estado do Rio Grande do Sul/Brasil (2013-2016), a partir da imersão em dois contextos: um assentamento da Reforma Agrária e uma comunidade remanescente de quilombo. Neste artigo, apresentamos algumas proposições legais e norteadoras da Educação Infantil do Campo. Questionamos a relevância das pesquisas para mudanças reais às crianças do campo brasileiras e indicamos que a escola no campo é fundamental para a socialização das crianças, sendo necessário, no entanto, um trabalho pedagógico articulado com as especificidades culturais do contexto em que está inserida.
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