Corpo infectado/corpus infectado: AIDS, narrativa e metáforas oportunistas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n357771Resumo
A constante presença do corpo nas narrativas de aids (e a consequente problematização do
seu status ontológico) é apenas uma recorrência temática, ou estaria ligada a processos metafóricos e alegóricos que apontam para uma discussão para além da corporeidade humana? Mais do que isso, constantes em todas as narrativas de aids são a urdidura que confronta, simultaneamente, uma micropolítica do desejo, relacionada ao exercício ascético com a construção do si mesmo através da dicção literária (não raro extrapolando os limites entre ficção e biografia), e uma preocupação com os compromissos do discurso literário com a vida política e social de seus respectivos países de origem.
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