Manifesto por uma antropologia da educação matemática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2024.e97208Palavras-chave:
Etnografia, Autoetnografia, Duoetnografia, Formação de Professores, Formação ContinuadaResumo
Este artigo promove um debate, confluente em um espaço-tempo, que tenciona diálogos possíveis entre duas áreas de conhecimento: “Antropologia” e “Educação Matemática” – recorrendo à duoetnografia para esta escrita criativa. Dividido em três eixos principais, o artigo explora as relações entre a antropologia, a formação de educadoras(es) matemáticas(os) e a autoetnografia como perspectiva de formação continuada ao examinar a experiência de formação em um grupo de Antropologia da Educação (Matemática). A escrita permite estabelecer um diálogo entre as vozes e experiências de três pesquisadores do Grupo de Pesquisa Antropologia e Educação (GPAE). Os dados foram produzidos por meio de encontros possibilitados e realizados pela plataforma Google Meet no ano de 2023. Por meio das trocas e debates originados destes encontros, produziu-se um manifesto para a área de Educação Matemática no sentido de demarcar a Antropologia (etnografias e autoetnografias) enquanto possibilidades epistêmicas mais corporificadas, sensíveis e reflexivas que propicie a educadoras(es) matemáticas(os) uma formação desde a alteridade.
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