Manifesto por uma antropologia da educação matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2024.e97208

Palavras-chave:

Etnografia, Autoetnografia, Duoetnografia, Formação de Professores, Formação Continuada

Resumo

Este artigo promove um debate, confluente em um espaço-tempo, que tenciona diálogos possíveis entre duas áreas de conhecimento: “Antropologia” e “Educação Matemática” – recorrendo à duoetnografia para esta escrita criativa. Dividido em três eixos principais, o artigo explora as relações entre a antropologia, a formação de educadoras(es) matemáticas(os) e a autoetnografia como perspectiva de formação continuada ao examinar a experiência de formação em um grupo de Antropologia da Educação (Matemática). A escrita permite estabelecer um diálogo entre as vozes e experiências de três pesquisadores do Grupo de Pesquisa Antropologia e Educação (GPAE). Os dados foram produzidos por meio de encontros possibilitados e realizados pela plataforma Google Meet no ano de 2023. Por meio das trocas e debates originados destes encontros, produziu-se um manifesto para a área de Educação Matemática no sentido de demarcar a Antropologia (etnografias e autoetnografias) enquanto possibilidades epistêmicas mais corporificadas, sensíveis e reflexivas que propicie a educadoras(es) matemáticas(os) uma formação desde a alteridade.

Biografia do Autor

Harryson Júnio Lessa Gonçalves, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Livre-docente em Didática e Currículo pela UNESP. Doutor em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Professor Associado na Faculdade de Filosofia e Ciência da UNESP, câmpus de Marília. Professor permante do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da UNESP, câmpus de Bauru.

Marcela Lopes de Santana

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da UNESP, câmpus de Bauru. Coordenadora pedagógica na Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto.

Igor Micheletto Martins, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da UNESP, câmpus de Bauru. Professor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Carla Araujo de Souza, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da UNESP, câmpus de Bauru. Professora da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Arthur Henrique Sciarini, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da UNESP, câmpus de Bauru. 

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Publicado

2024-08-08

Edição

Seção

Edição Especial: Antropologias e Educações Matemáticas: diálogos (im)pertinentes