A Matemática inserida naturalmente no contexto sócio-laboral: um caso de Etnomatemática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2015v10n1p150Abstract
Este artigo é resultado de uma investigação realizada junto a um artesão de Brasília (DF), cujo objetivo foi de refletir acerca de aspectos práticos do conhecimento matemático desenvolvido por um indivíduo a partir de sua experiência de vida, em meio a sua cultura e meio social, a qual o professor e pesquisador Ubiratan D’Ambrosio (1985) ousou denominar por Etnomatemática. O artigo procura fazer uma breve explanação sobre os conceitos que envolvem o termo Etnomatemática e o contexto em que surgiu, e se propõe a analisar de que forma um cidadão simples, despojado de educação formal, utiliza o conhecimento matemático em seu contexto sócio-laboral. Como resultado, pode-se perceber a existência de matemáticas que, por vezes, apesar de não serem reconhecidas formalmente, respondem a anseios de determinados grupos, em particular, nesse caso, ao de artesãos. Fica evidente neste trabalho a importância de se tentar compreender as diversas formas de pensar matematicamente, bem como a concepção que os indivíduos apresentam sobre essa forma de ciência, pois mesmo após afirmar o desconhecimento da disciplina e de suas estruturas mínimas de contagem, o artesão surpreende-nos com uma visão bem elaborada sob o ponto de vista da geometria, aritmética e outras correlatas a sua prática.
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