Semiótica e aprendizagem inclusiva: um estudo que envolve a cegueira
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2020.e72775Resumo
A pretensão deste estudo foi tratar da educação matemática inclusiva no que se refere à aspectos da aprendizagem de objetos de saber geométricos para o estudante cego. A educação inclusiva, no geral, deixou de ser uma questão distanciada da realidade das classes de ensino regular. Atualmente vários países, entre eles o Brasil, já adotam políticas fortes de inclusão e, com isso, é comum que em classes de ensino regular, os professores depararem-se com alunos com algum tipo de necessidade de inclusão. Utilizou-se, como aporte teórico, os estudos semio-cognitivos de Raymond Duval relacionados à aprendizagem intelectual em uma abordagem qualitativa do tipo Estudo de Caso para buscar a compreensão sobre a aprendizagem de uma estudante cega congênita na apreensão de objetos de saber em geometria. Abordou-se aqui uma parte dessas preocupações de acesso ao objeto que é o acesso às imagens e às figuras geométricas. Asseverou-se que elementos semio-cognitivos precisam ser considerados pelos professores que ensinam matemática, uma vez que os meios comuns de produção desses objetos são de acesso confuso e nada fácil ao estudante cego congênito.
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