O Atlas Submerso: por uma história da Tradução como História da Não-Tradução
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e78123Resumo
Indo aparentemente na contramão de uma tradição disciplinar que, aliás, só em tempos recentes parece ter chegado a atribuir a merecida relevância à história da tradução, o
presente trabalho visa agora a reler essa história através da categoria de “não-tradução”, cujo balizamento conceitual tem demonstrado não só a óbvia inter-relação com o seu oposto (sendo, afinal, a tradução e a não-tradução as duas faces da mesma moeda), como também a legitimidade heurística de complementar uma abordagem histórica da tradução com essa espécie de perspectiva às avessas.
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