“Dança de força”: elementos estruturais em três traduções de Rainer Maria Rilke
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2020v40n3p109Abstract
No presente artigo, pretendo investigar se e em que medida os elementos estruturais do poema “Der Panther” (“A pantera”) de Rainer Maria Rilke foram recriados por três de seus mais reconhecidos tradutores brasileiros, a saber: por Geir Campos (1924-1999) em 1953, por José Paulo Paes (1926-1998) em 1993 e por Augusto de Campos (1931- ) em 1994. Partindo do pressuposto apresentado por Haroldo de Campos no ensaio “Da tradução como criação e como crítica” (1963), segundo o qual a tradução de poesia seria um trabalho com o “próprio signo, ou seja, sua fisicalidade, sua materialidade mesma” (Campos 34), pretendo apontar primeiramente a importância ainda maior de tais elementos naqueles poemas rilkeanos que, como “Der Panther”, vêm sendo há quase 100 anos descritos pela crítica (Müller 298) como “Dinggedicht” (ou “poema-coisa”); realizando, em seguida, uma breve análise dos elementos estruturais do poema original (aqui entendidos como metro, aliterações, assonâncias, movimento frasal e outros aspectos da materialidade do signo linguístico); para chegar, finalmente, a uma breve leitura comparada das maneiras como os três tradutores lidaram com esses elementos estruturais em suas respectivas traduções para o português.Literaturhinweise
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