Visão epistemológica de Timothy Lenoir: a produção cultural das disciplinas científicas

Autores

  • Neusa Teresinha Massoni Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Marco Antonio Moreira Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2017v10n2p53

Resumo

O objetivo deste texto é interpretar e divulgar algumas ideias de Timothy Lenoir a partir de seus estudos de caso dos desenvolvimentos da Alemanha Imperial e do Vale do Silício, que mostram como o avanço científico pode resultar do diálogo entre diferentes atores: academia, indústria e Estado e da indissociabilidade entre teoria e técnica. Lenoir toma a ciência como uma atividade interessada, em que o aspecto técnico e instrumental é crucial ao seu desenvolvimento. Defende que a instituição de disciplinas científicas está, muitas vezes, associada a múltiplos interesses sociais, profissionais e industriais: as indústrias tornam-se usuárias das ideias científicas ao mesmo tempo em que contribuem com produtos, técnicas e na construção de institutos de pesquisa; a universidade, por sua vez, contribui com inovação que leva à criação de novas empresas de base tecnológica. Nesse sentido, dissociar teoria e técnica, pesquisa básica de pesquisa aplicada nem sempre é possível. Às vezes, ciência e indústria estão “muro a muro” contribuindo mutuamente e gerando desenvolvimento. 

Biografia do Autor

Neusa Teresinha Massoni, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Licenciada (2000), Mestre em Física (2005) e Doutora em Ciências (2010) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, com ênfase na área de Ensino de Física; atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física do Instituto de Física da UFRGS.

Marco Antonio Moreira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Licenciado (1965) e Mestre em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Doutor em Ensino de Ciências (1977) pela Cornell University/USA, atualmente é Professor Emérito da UFRGS e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física do Instituto de Física da UFRGS; é professor colaborador da Universidade de Burgos/Espanha; integrou o Comitê de Educação do CNPq de 1993  1995 e de1999 a2001; é pesquisador 1ª do CNPq, na área de Educação, desde 1989, tendo orientado dezenas de mestrados e doutorados.

 

Downloads

Publicado

2017-11-24

Edição

Seção

Artigos