Concepção educacional de um museu de ciências: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2022.e77756Palavras-chave:
Impedância bioelétrica, Absortometria de raio X de dupla energia, Composição corporal, Gordura corporal, Validade dos testes.Resumo
Reflexões que museus de ciências viabilizam sobre os modelos educacionais de seus programas e ações, utilizados conscientemente ou não, têm movido pesquisas em educação científica. Nessa linha de investigação, o objetivo deste estudo foi de caracterizar a concepção educacional por detrás de um pequeno museu de ciências de uma cidade do interior do Estado do Paraná-BR, analisando os meios de comunicação ali planejados, tanto entre visitantes e objetos de interação quanto entre visitantes e monitores. Levando em conta que na literatura há uma variedade de modelos de aprendizagem possíveis com distintas inspirações epistemológicas, elaborou-se um referencial teórico que abrangesse restritos contextos epistemológico-pedagógicos no estabelecimento dessa leitura das atividades museais desenvolvidas no setor, que se espera, inclusive, servir como uma orientação analítica às similares instituições de educação não formal que assim se identificarem. Em relação aos resultados, dois ambientes interativos do museu foram analisados separadamente. Em um deles predominou uma Abordagem Sociocultural com possibilidade de lições implícitas com algumas visões de inclinação epistemológica pós-positivista. No outro ambiente, além dessa leitura anterior que se permitiu igualmente realizar nas situações de interação entre monitor-visitante(s), houve uma leitura do Modelo Contextual de Aprendizagem em atividades interativas entre visitante(s)-objeto(s) de interação, que se mantiveram subtendidas influenciar pontos de vistas positivistas.
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