Private counseling and medicalization of physical activity in a mobile health application: the production of homogeneous bodies and universal subjects

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e65313

Abstract

The “21 Days of a Healthier Life Movement” (M21) is a health education program that carries out its actions through two digital platforms, a website and an application. The idea is to disseminate tips on eating, physical activity and family life. The objective of this article is to analyze the images and discourses at the M21 platforms on the subject of physical activity.
The analysis of materials read out the following questions: M21 reproduces the medicalising logic of physical activity, using the discursive formations of the biomedical field to situate itand encourage its practice. From this perspective, the program began to disseminate itsprivate councils, making individuals responsible for adherence to physical activities, thus disregarding a series of structural elements that are part of the life of the population.

Author Biographies

Leonardo Trápaga Abib, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutorando em Educação Física, Universidade Federal do Espírito Santo

Ivan Marcelo Gomes, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do departamento de ginástica, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade

Eduardo Lautaro Galak, Universidade Nacional de La Plata

Pesquisador do CONICET

Professor da Universidad Nacional de La Plata

References

BARRA, Daniela Couto Carvalho et al. Métodos para desenvolvimento de aplicativos móveis em saúde: revisão sistemática da literatura. Texto e Contexto – Enfermagem. Florianópolis, v. 26, n. 4, p. 1-12, 2017.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BILIBIO, Luiz Fernando; DAMICO, José Geraldo Soares. Carta a um jovem professor. Cadernos de Formação RBCE. Florianópolis, v. 2, n. 2, p. 92-103, 2011.

BONFIM, Mariana Rotta; COSTA, José Luiz Riani; MONTEIRO, Henrique Luiz. Ações de educação física na saúde coletiva brasileira: expectativas versus evidências. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Pelotas, v. 17, n. 3, p. 167-173, 2012.

BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro-RJ, v. 5, n. 1, p. 163-177, 2000.

BUSS, Paulo Marchiori; CARVALHO, Antônio Ivo de. Desenvolvimento da promoção da saúde no Brasil nos últimos vinte anos (1988-2008). Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 14, n. 6, p. 2305-2316, 2009.

CALIMAN, Luciana Vieira. Quando os estilos de vida se tornam estilos de risco. In.: BAGRICHEVSKY, Marcos; ESTEVÃO, Adriana (Orgs.). Saúde Coletiva: dialogando sobre interfaces temáticas. Ilhéus: Editus, 2015, p. 291-318.

CASTIEL, Luis David; MORAES, Danielle Ribeiro de; PAULA, Igor Juliano de. Terapeuticalização e os dilemas preemptivistas na esfera da saúde pública individualizada. Saúde e Sociedade. São Paulo, v. 25, n. 1, p. 96-107, 2016.

COELHO, Cecília Stahelin; VERDI, Marta Inez Machado. Políticas e programas de atividade física: uma crítica à luz da promoção da saúde. Saúde & Transformação Social. Florianópolis, v. 6, n. 3, p. 96-108, 2015.

COLLINS, Mike; HAUDENHYUSE, Reinhard. Social Exclusion and Austerity Policies in England: The Role of Sports in a New Area of Social Polarisation and Inequality? Social Inclusion, v. 3, n. 3, p. 5-18, 2015.

CONRAD, Peter. The medicalization of society: on the transformation of human conditions into treatable disorders. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007.

DAMICO, José Geraldo Soares. Rasuras disciplinares e amputação de fazeres. Movimento, Porto Alegre, v. 17, n. 3, p. 269-287, 2011.

DAMICO, José Geraldo Soares; KNUTH, Alan Goulart. O des(encontro) das práticas corporais e atividade física: hibridizações e borramentos no campo da saúde. Movimento, Porto Alegre, v. 20, n.1, p. 329-350, 2014.

DEMAREST, Stefaan et al. Educational inequalities in leisure-time physical activity in 15 European countries. European Journal Public Health, v. 24, n. 2, p. 199-204, 2014.

FERREIRA, Marcos Santos; NAJAR, Alberto Lopes. Programas e campanhas de promoção da atividade física. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 10, suppl., p. 207-219, 2005.

FERREIRA, Marcos Santos; CASTIEL, Luis David; CARDOSO, Maria Helena Cabral de Almeida. Atividade física na perspectiva da Nova Promoção da Saúde: contradições de um programa institucional. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 865-872, 2011.

FLEURY, Sonia. Welfare State in Latin America: reforms, innovations and exhaustion. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 33, suppl 2, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001400501&lng=en&nrm=iso. Acesso em 10 de maio de 2019.

FOUCAULT, Michel. Crise da medicina ou da anti-medicina. Verve. São Paulo, v. 18, p. 167-194, 2010.

FRAGA, Alex Branco. Exercício da informação: governo dos corpos no mercado da vida ativa. Campinas: Autores Associados, 2006.

FRAGA, Alex Branco et al. “Sedentarismo é...”: concepções de praticantes de caminhada e medicalização das práticas corporais. In: FRAGA, Alex Branco; MAZO, Janice Zarpellon; STIGGER, Marco Paulo (Orgs.). Políticas de lazer e saúde em espaços urbanos. Porto Alegre: Gênese, 2015, p. 21-35.

FURTADO, Mariama Augusto; SZAPIRO, Ana Maria. Política Nacional de Promoção da Saúde: os dilemas da autonomização. Saúde e Sociedade. São Paulo, v. 25, n. 2, p. 277-289, 2016.

GASTALDO, Denise. É a educação em saúde “saudável”? Repensando a Educação em Saúde através do conceito de bio-poder. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 22, n. 1, p. 147-168, 1997.

GAUDENZI, Paula; ORTEGA, Francisco. O estatuto de medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Interface. Botucatu, v. 16, n. 40, p. 21-34, 2012.

GOMES, Ivan Marcelo. Conselheiros Modernos: propostas para a educação do indivíduo saudável. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

GOMES, Ivan Marcelo; VAZ, Alexandre Fernandez; ASSMANN, Selvino. Conselheiros midiáticos: o “Caderno Equilíbrio” da Folha de São Paulo e suas ponderações na formação do indivíduo saudável. Movimento, Porto Alegre, v. 16, n. 4, p. 117-134, 2010.

HOLTERMANN, Andreas et al. The health paradox of occupational and leisure-time physical activity. British Journal of Sports Medicine, v. 46, n. 4, p. 291-295, 2012.

LUPTON, Deborah. Corpos, prazeres e práticas do eu. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 25, n. 2, p. 45-58, 2000.

LUPTON, Deborah. M-health and health promotion: The digital cyborg and surveillance society. Social theory e health, v. 10, n. 3, p. 229-244, 2012.

MANSKE, George Saliba; BARCELOS, Thaís Silveira. Práticas corporais medicalizantes: diagnosticando a Revista Vida Simples. Movimento. Porto Alegre, v. 22, n. 1, p. 233-246, 2016.

MATRAVOLGYI, Júlia. Plataformas para saúde já têm 165 mil aplicativos. Valor Econômico, 21 de nov. de 2016. Disponível em: http://www.i9access.com.br/noticias_arquivos/valor_plataformas_2016.pdf. Acessado em 30 de novembro de 2018

NETO, João Leite Ferreira et al. Apontamentos sobre Promoção da Saúde e biopoder. Saúde e Sociedade. São Paulo, v. 18, n. 3, p. 456-466, 2009.

PALMA, Alexandre et al. Os "pesos" de ser obeso: traços fascistas no ideário de saúde contemporâneo. Movimento. Porto Alegre, v. 18, n. 4, p. 99-119, 2012.

PALMA, Alexandre. Exercício físico e saúde; sedentarismo e doença: epidemia, causalidade e moralidade. Motriz, Rio Claro, v. 15, n. 1, p. 185-191, 2009.

PICH, Santiago. Saberes do/sobre o corpo: governamentalidade, biopolítica e cuidado de si. In: CARVALHO, Yara Maria; FRAGA, Alex Branco; GOMES, Ivan Marcelo (Orgs.). As práticas corporais no campo da saúde. São Paulo: Hucitec, 2016, p. 154-171.

PICH, Santiago; GOMES, Ivan Marcelo; VAZ, Alexandre Fernandez. Mercadorização biopolítica: sobre escolhas saudáveis em tempos de consumo. In.: BAGRICHEVSKY, Marcos; ESTEVÃO, Adriana; PALMA, Alexandre (Orgs.). A saúde em debate na Educação Física – Volume 3. Ilhéus: Editus, 2007, p. 187-208.

REIS, Rodrigo et al. Scaling up physical activity interventions worldwide: stepping up to larger and smarter approaches to get people moving. The Lancet, v. 388, n. 10051, p. 1337-1348, set. 2016.

ROCHA, Thiago Augusto Hernandes et al. Saúde Móvel: novas perspectivas para a oferta de serviços em saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Brasília, v. 25, n. 1, p. 159-170, 2016.

RODRIGUES, Phillipe et al. Prática de atividade física no lazer e condições socioeconômicas no município do Rio de Janeiro. Revista saúde física e mental. Nova Iguaçu, v. 5, n. 2, p. 18-30, 2017.

ROSE, Nikolas. Governando a alma: a formação do eu privado. In.: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Liberdades reguladas. A pedagogia construtivista e outras formas de governo do eu. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 30-45.

ROSE, Nikolas. Inventando nossos Selfs: Psicologia, Poder e Subjetividade. Petrópolis: Ed. Vozes, 2011.

SALLIS, James et al. Physical activity in relation to urban environments in 14 cities worldwide: a cross-sectional study. The Lancet, v. 387, p. 2207–2217, 2016.

STRINGHINI, Silvia et al. Socioeconomic status and the 25 × 25 risk factors as determinants of premature mortality: a multicohort study and meta-analysis of 1·7 million men and women. The Lancet, v. 389, p. 1229-1237, 2017.

VAZ, Alexandre Fernandez. Da polifonia do corpo à multiplicidade de sua educação. Perspectiva – Revista do Centro de Ciências da Educação. Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 7-11, 2003.

VERDI, Marta; CAPONI, Sandra. Reflexões sobre a promoção da saúde numa perspectiva bioética. Texto contexto – enfermagem. Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 82-88, 2005.

WHO. mHealth: New horizons for health through mobile technologies: second global survey on eHealth. Disponível em: http://www.who.int/goe/publications/goe_mhealth_web.pdf. Acesso em: 26 de abril de 2018.

Published

2020-06-03

How to Cite

Abib, L. T., Gomes, I. M., & Galak, E. L. (2020). Private counseling and medicalization of physical activity in a mobile health application: the production of homogeneous bodies and universal subjects. Motrivivência, 32(62), 01–18. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e65313

Issue

Section

Artigos Originais