A transformação didático-pedagógica da ginástica para as crianças pelo “brincar e se-movimentar”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e72360

Resumo

O objetivo do ensaio é refletir e problematizar o “brincar e se-movimentar” na ginástica como possibilidade pedagógica de uma Educação Física centrada no sujeito, perspectivando a ampliação do campo existencial. Considerando que o agir humano é carregado de intencionalidade e conexão entre  corpo-mundo, defende-se uma ginástica que fomente a realização de experiências corporais por meio da resolução de problemas e da participação das crianças nas aulas com autonomia, criatividade e liberdade, permitindo-lhes constituir sentidos outros naquilo que fazem, pensam e sentem, dialogando com o mundo numa aventura saudável que as convida para se desenvolver no decurso de infinitas possibilidades de ação.

Biografia do Autor

Andrize Ramires Costa, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Departamento de Ginástica e Saúde

Luiz Carlos Rigo, Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Departamento de Desporto

Danieli Alves Pereira Marques, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Departamento de Educação Física

Marília Del Ponte de Assis, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)

Cursos de Pedagogia e Educação Física

Referências

ARAÚJO, Lísia et al. Ontologia do movimento humano: teoria do “se movimentar” humano. Pensar a Prática, v. 13, n. 3, p. 1-12, dez. 2010. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/9782/8388. Acesso em 11 ago, 2019.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Editora 34, 2002.

CAMILO CUNHA, António; GONÇALVES, Sara Tiago. A criança e o brincar como obra de arte: analogias e sentidos. Santo Tirso: Whitebooks, 2015.

COSTA, Andrize Ramires. Por mais respeito e reponsabilidade com crianças: possibilidades de se desenvolver e “brincar e se-movimentar” pelo Turnen. 246 f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Centro de Desportos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/169403/339048.pdf?sequence=1&isAllowed=y . Acesso em: 11 ago. 2019.

DALLO, Alberto R. A ginástica como ferramenta pedagógica: o movimento como agente de formação. São Paulo: Edusp, 2007.

ENGUITA, Mariano. A face oculta da escola: educação e trabalho no Capitalismo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

GERLING, Ilona E. Teaching Children’s Gymnastics. 2. ed. Maidenhead: Meyer & Meyer Sport, 2009.

GOPNIK, Alison. O bebê filósofo: o que as mentes das crianças nos dizem sobre a verdade, o amor e o sentido da vida. Lisboa: Temas e Debates; Círculo de Leitores, 2010.

HEIJ, Peter. Grondslagen van ‘verantwoord’ bewegingsonderwijs: Filosofische en pedagogische doordenking van relationeel gefundeerd bewegingsonderwijs. Budel: Uitgeverij Damon B. V., 2006.

KORCZAK, Januz. Como amar uma criança. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983.

KUNZ, Elenor. “Brincar e Se-Movimentar”: tempos e espaços na vida da criança. Ijuí: Editora da Unijuí, 2015.

KUNZ, Elenor. Se-Movimentar. In: FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo; GONZÁLEZ, Fernando Jaime (Orgs.). Dicionário crítico de Educação Física. 2. ed. Ijuí: Editora da Unijuí, 2014.

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. 8. ed. Ijuí: Editora da Unijuí, 2013.

KUNZ, Elenor. Percepção, sensibilidade e intuição para as possibilidades criativas no esporte. In: STIGGER, Marco Paulo; LOVISOLO, Hugo (Orgs.). Esporte de Rendimento e Esporte na Escola. Campinas: Autores Associados, 2007.

KUNZ, Elenor; TREBELS, Andréas Heinrich. Educação Física Crítico-emancipatória - com uma contribuição da pedagogia do esporte alemã. Ijuí: Editora da Unijuí, 2003.

LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre a experiência. Tradução de Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

MATURANA, Humberto Romesín; VERDEN-ZÖLLER, Gerda. Amar e brincar: Fundamentos esquecidos do humano - do patriarcado à democracia. São Paulo: Palas Athena, 2004.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. Tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MOURA, Diego Luz et al. A ginástica como conteúdo da educação física escolar: análise em periódicos brasileiros. Salusvita, Bauru, v. 33, n. 1, p. 181-195, dez. 2014. Disponível em: https://secure.usc.br/static/biblioteca/salusvita/salusvita_v33_n2_2014_art_03.pdf Acesso em: 11 ago. 2019.

NÓBREGA, Terezinha Petrúcia da. A atitude fenomenológica: o corpo-sujeito. In: NÓBREGA, Terezinha Petrúcia da; CAMINHA, Iraquitan de Oliveira (Orgs.) Merleau-Ponty e a Educação Física. São Paulo: Liber Ars, 2019. p. 69-91.

OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças: abordagem gestáltica com crianças e adolescentes. 4. ed. São Paulo: Summus, 1980.

SIMÕES, Regina et al. A produção acadêmica sobre ginástica: estado da arte dos artigos científicos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, [s.l.], v. 30, n. 1, p. 183-198, mar. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092016000100183. Acesso em: 11 ago. 2019.

STAVISKI, Gilmar; SURDI, Aguinaldo; KUNZ, Elenor. Sem tempo de ser criança: a pressa no contexto da educação de crianças e implicações nas aulas de educação física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 35, n. 1, p. 113-128, mar. 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0101-32892013000100010. Acesso em: 11 ago. 2019.

STEINER, Rudolf. Os primeiros anos da infância: material de estudos dos jardins de infância Waldorf. 2. ed. São Paulo: Antroposófica, 2013.

TAMBOER, Jan Willem Isaäc. Philosophie der Bewegungswissenschaften. Hannover: Afra, 1994.

TREBELS, Andréas Heinrich. Spielen und Bewegen na Gäreten. Hamburg: Rororo, 1983.

TREBELS, Andréas Heinrich. Plaidoyer para um diálogo entre teorias do movimento humano e teorias do movimento no esporte. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Ijuí, v. 13, n. 3, mai. 1992.

Downloads

Publicado

2020-08-25

Como Citar

Costa, A. R., Rigo, L. C., Marques, D. A. P., & Assis, M. D. P. de. (2020). A transformação didático-pedagógica da ginástica para as crianças pelo “brincar e se-movimentar”. Motrivivência, 32(63), 01–16. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e72360

Edição

Seção

Porta Aberta