O brincar como construção racional nas aulas de Educação Física

Autores

  • Andrize Ramires Costa Universidade Federal do Pará
  • Thais Emanuelle da Silva Barros Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina
  • Elenor Kunz Professor Visitante da UFSM

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n53p196

Resumo

O foco principal deste ensaio é a criança, que sente um enorme prazer em “Se-Movimentar”. A base desse movimento reside na necessidade natural que ela tem para brincar. Ocorre que a sua tendência natural de “Se-Movimentar” e brincar rapidamente se transforma em atividade social e cultural pela própria apropriação de elementos da cultura e pela indução do meio onde nasce, ocasionada, em parte, pela imposição dos adultos a atividades aceitas e reconhecidas por eles. Finalizamos com a Educação Física, que geralmente não permite às crianças experiências próprias de movimento, brincadeiras e jogos, em favor de um movimento “correto”, pré-constituído, ou seja, criado por terceiros, para atender a compromissos futuros de desenvolvimento, permitindo, muitas vezes, uma das experiências mais alienantes e castradoras da liberdade e criatividade humana.

Biografia do Autor

Andrize Ramires Costa, Universidade Federal do Pará

Doutora em Teoria e Prática Pedagógica pela UFSC.

Professora Adjunta da FEF- ICED- UFPA

Docente do PPEB/UFPA - Programa de Pós-Graduação em Educação Básica

Thais Emanuelle da Silva Barros, Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina

Mestre em Educação Física pela UFSC

Docente da Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina

Elenor Kunz, Professor Visitante da UFSM

Doutor em Educação Física pela Universidade de Hannover

Professor Titular da Universidade Federal de Santa Catarina

Professor Visitante da UFSM

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Publicado

2018-04-19

Como Citar

COSTA, Andrize Ramires; BARROS, Thais Emanuelle da Silva; KUNZ, Elenor. O brincar como construção racional nas aulas de Educação Física. Motrivivência, Florianópolis, v. 30, n. 53, p. 196–208, 2018. DOI: 10.5007/2175-8042.2018v30n53p196. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2018v30n53p196. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Porta Aberta

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