Havemos de ser atendidos em nossos direitos, uma vez que servimos para votantes e soldados, não obstante a nossa cor: associativismo negro, direitos e cidadania (a Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, Porto Alegre, séc. XIX)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2019.e66929

Resumo

Tomando a noção de racialização como o gerenciamento cotidiano, político e identitário, dos pertencimentos étnico-raciais, pretendemos analisar o associativismo negro, ainda no período escravista, através da Sociedade Beneficente Cultural Floresta Autora. Essa entidade foi criada na cidade de Porto Alegre, capital da província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 1872, e ainda não conhecemos detalhadamente os seus integrantes. Portanto, o artigo almeja verticalizar o estudo dessa associação montando pequenas trajetórias de alguns de seus promotores e, através de um documento judiciário, especular sobre as motivações desse jovens negros para o investimento nessa forma de representação coletiva. Ao acessar a justiça pedindo reparação das ofensas recebidas, os músicos negros do Floresta Aurora nos ajudam a pensar a agenda de suas reivindicações políticas e morais.

Biografia do Autor

Paulo Roberto Staudt Moreira, Universidade do vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Diretor-presidente do Núcleo RS da Associação Nacional de História (2016/2018). Possui graduação em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, mestrado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993), doutorado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e pós-doutoramento na Universidade Federal Fluminense. Exerceu o cargo de Coordenador do Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos de 2010 a 2014. Membro da Comissão de Avaliação Quadrienal de PPGHs - CAPES (2013/2016). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 (2010/atual). Membro do Comitê de Ciências Humanas e Sociais da FAPERGS: como suplente (designação de 20 de agosto de 2015) e membro (06.09.2017 a 05.09.2019). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia e Império, atuando principalmente nos seguintes temas: História da escravidão e do negro; História social dos movimentos populares; Patrimônio histórico documental; Identidade étnica; Abordagens de fontes documentais; História urbana no século XIX; Raízes e presença africana na América Latina; associativismo negro; saúde e doença

Referências

ALBUQUERQUE. Wlamyra. “A vala comum da ‘raça emancipada’”: abolição e racialização no Brasil, breve comentário. História Social, n. 19, segundo semestre de 2010.

ALBUQUERQUE. Wlamyra. O Jogo da Dissimulação. Abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

ALMEIDA, Vinicius Furqim; MOREIRA, Paulo. Os pardos da Imaculada: Trajetórias e agências negras na irmandade de Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre (século XIX). Métis (UCS). V.16, p.141 - 172, 2017.

ANDREWS, George Reid. A criação de um campo: estudos afro-latino-americanos. In: ANDREWS, George Reid; La FUENTE, Alejandro de. Estudos afro-latino-americanos: uma introdução. Ciudad Autónoma de Buenos Aires : CLACSO, 2018, pp. 19-44.

ANDREWS, George Reid. América Afro-latina. 1800-2000. São Carlos, Edufscar , 2007.

ANDREWS, George Reid. Desigualdade: raça, classe e gênero. In: ANDREWS, George Reid; La FUENTE, Alejandro de. Estudos afro-latino-americanos: uma introdução. Ciudad Autónoma de Buenos Aires : CLACSO, 2018.

ARIZA, Marília Bueno de Araújo. O Ofício da Liberdade. Trabalhadores libertandos em São Paulo e Campinas (1830-1888). São Paulo, Alameda, 2014.

AZEVEDO, Elciene. O Direito dos Escravos. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

BAKOS, Margaret Marchiori. RS: escravismo e abolição. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982.

BANDEIRA, Gustavo Andrada. Um currículo de masculinidades nos estádios de futebol. Revista Brasileira de Educação. Volume 15, nº 44, maio/ago. 2010, p. 342-410.

BERLIN, Ira. Gerações de Cativeiro. Uma história da escravidão nos Estados Unidos. São Paulo, Editora Record, 2006.

BEATTIE, Peter M. Tributo de sangue: Exército, Honra, Raça e Nação no Brasil 1864-1945. São Paulo: Editora da USP, 2009.

BOHRER, Felipe Rodrigues. A música na cadência da história: raça, classe e cultura em Porto Alegre no pós-abolição. Dissertação (Mestrado em história) – PPGH / Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

BOHRER, Felipe Rodrigues. Identidade e cultura em Porto Alegre no Pós-abolição: a c r i a ç ã o da Banda Municipal de Porto Alegre (1925). Revista Angelus Novus. USP – Ano VI, n. 9, pp. 81-108, 2015.

CAMILO, Nathan. “É Preferível bom Nome a Muitas Riquezas”: Dinâmica das práticas de nominação no extremo sul do Brasil entre o final do século XVIII e o início do século XIX. Dissertação (Mestrado em História). São Leopoldo, PPGH / Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2016.

CARDOSO, Lourenço. O branco ante a rebeldia do desejo: um estudo sobre a branquitude no Brasil. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara (SP), 2014.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados 17 (49), 2003.

CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis Historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

CHALHOUB, Sidney; SILVA, Fernando Teixeira da. Sujeitos no imaginário acadêmico: escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980. Cadernos AEL, Campinas, v. 14, n. 26, 2009.

COOPER, Frederick; HOLT, Thomas C.; SCOTT, Rebecca. Além da Escravidão. Investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005.

COWLING, Camillia. Concebendo a Liberdade. Mulheres de cor, gênero e a abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro. Campinas: Editora Unicamp, 2018.

CUNHA, Olívia Maria Gomes da; GOMES, Flávio dos Santos. Quase-cidadão: histórias e antropologias da pós-emancipação no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. da FGV 2007.

DIAS, Maria Odila. Sociabilidades sem História: Votantes pobres no Império, 1824 - 1881. In: FREITAS (org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo, Contexto, 1998.

DOSSE, François. Renascimento do Acontecimento. Um desafio para o historiados: entre Esfinge e Fênix. São Paulo, Editora Unesp, 2013.

ELIAS, Norbert. O Processo Civilizatório. Volume 2. Formação do estado e Civilização. Rio de Janeiro, Zahar, 1993.

FASSIN, Didier. Nem raça, nem racismo: O que racializar significa. In: SCHWARCZ, Lilia M.; MACHADO, Maria Helena P. T. Emancipação, Inclusão e Exclusão. Desafios do Passado e do Presente. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

FISCHER, Bordwyn; GRINBERG, Keila; MATTOS, Hebe. Direito, silêncio e racialização das desigualdades na História afro-brasileira. In: ANDREWS, George Reid. Desigualdade: raça, classe e gênero. In: ANDREWS, George Reid; La FUENTE, Alejandro de. Estudos afro-latino-americanos: uma introdução. Ciudad Autónoma de Buenos Aires : CLACSO, 2018, pp. 163-215.

FLORES, Giane Caroline. Sob a Farda da Polícia: Controle social, trabalho, cor e prestígio (Porto Alegre, fins do século XIX). Dissertação (Mestrado em História) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2018.

FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da liberdade. Campinas: Unicamp, 2006.

FRANCO, Sério da Costa. Dicionário Político do RGS. 1821-1937. Porto Alegre, Suliane Arte e Vida, 2010.

FRANCO, Sério da Costa. Porto Alegre. Guia Histórico. Porto Alegre: Editora da UFGRS, 1988.

GERMANO, Iris Graciela. Rio Grande do Sul, Brasil e Etiópia: os negros e o carnaval de Porto Alegre nas décadas de 1930 e 40. Dissertação (Mestrado em História) - Programa de Pós-graduação em História / UFRGS, Porto Alegre, 1999.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência. São Paulo: Ed. 34, 2001.

GRAHAM, Richard. Clientelismo e Política no Brasil do Século XIX. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 1997

GRAHAM, Sandra. Ser Mina no Rio de Janeiro do século XIX. Afro-Ásia, 45, 2012.

HÈBRARD, Jean. Apropriação e/ou reformulação da narrativa das origens: memórias familiares da escravidão atlântica (séculos XIX-XXI).In: OSÓRIO, Helen; XAVIER, Regina. Do tráfico ao pós-abolição: trabalho compulsório e livre e a luta por direitos sociais no Brasil. São Leopoldo: Oikos, 2018, pp. 43-90.

JARDIM, Denise. De Bar em Bar: Identidade masculina e auto-segregação entre homens de classes populares. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – PPGAS, Porto Alegre, 1992.

JESUS, Nara Regina Dubois de. Clubes sociais negros em Porto Alegre - RS: A análise do processo de recrutamento para a direção das associações Satélite, Prontidão e Floresta Aurora, trajetórias e a questão da identidade racial. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Porto Alegre, 2005.

JOHNSON, Paul Christopher; PALMIÉ, Stephan. Religiões afro-latino-americanas. In: ANDREWS, George; LA FUENTE, Alejandro de (Orgs.). Estudos afro-latino-americanos: Uma introdução. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2018, p. 505-556.

KLEIN, Herbert S. A Participação Política no Brasil do Século XIX: os votantes de São Paulo em 1880. Dados. Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Vol. 38, nº 3, 1995, pp. 527 – 544.

KRAAY, Hendrik. “Em outra coisa não falavam os pardos, cabras, e crioulos”: o “recrutamento” de escravos na guerra da Independência na Bahia. Revista Brasileira de História. N. 43, v. 22, São Paulo, 2002, p. 109 – 126.

KRAAY, Hendrik. Política racial, estado e forças armadas na época da independência: Bahia, 1790-1850. São Paulo: Hucitec Editora, 2011.

LARA, Silvia. Escravidão, Cidadania e História do Trabalho no Brasil. Projeto História. Vol. 16, fev. 1998, p. 25-38.

LAZZARI, Alexandre. Certas coisas não são para que o povo as faça: carnaval em Porto Alegre 1870-1915. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, Campinas, 1998.

LONER, Beatriz Ana. 1887: a revolta que oficialmente não houve, ou de como abolicionistas se tornaram zeladores da ordem escravocrata. História em Revista. Pelotas, v. 3, p. 29-52, 1997.

LONER, Beatriz Ana. A rede associativa negra em Pelotas e Rio Grande. In: SILVA, Gilberto Ferreira; SANTOS, Antônio dos; CARNEIRO, Luiz Carlos da Cunha. (Orgs.). RS negro: cartografias sobre a produção do conhecimento. 2ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.

LONER, Beatriz Ana. Construção de classe: operários de Pelotas e Rio Grande, 1888-1930. Pelotas: Editora e Gráfica Universitária – UFPEL/Rede Unitrabalho, 2001.

LONER, Beatriz. Antônio: De Oliveira a Baobab. In: GOMES, Flávio; DOMINGUES, Petrônio (Orgs.) Experiências da Emancipação: biografias, instituições e movimentos sociais no pós-Abolição (1890 - 1980). São Paulo: Selo Negro, 2011.

MARQUES, Letícia Rosa. O maestro Joaquim José de Mendanha: música, devoção e mobilidade social na trajetória de um pardo no brasil oitocentista. Tese (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2017.

MATTOS, Hebe. Das cores do silêncio. Os significados da liberdade no sudeste escravista – Brasil, século XIX. 3ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

MEIRELLES, Pedro von Mengden. Um Terreno Cheio De Asperezas: O Cemitério da Matriz de Porto Alegre no cotidiano da cidade (1772-1888). Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul / PPGH, Porto Alegre, 2016.

MOREIRA, Paulo. Manipanços, Feitiçarias, Alcorões: Africanos muçulmanos no Brasil meridional (Porto Alegre, Século XIX). História em Revista. Pelotas, 107-140, v. 24/2, mar./2019.

MOREIRA, Paulo. Entre o deboche e a rapina: Os cenários sociais da criminalidade popular (Porto Alegre - século XIX). Porto Alegre: Armazém Digital, 2009.

MUAZE, Mariana. Maternidade silenciada: amas de leite no Brasil escravista, século XIX. In: OSÓRIO, Helen; XAVIER, Regina. Do tráfico ao pós-abolição: trabalho compulsório e livre e a luta por direitos sociais no Brasil. São Leopoldo: Oikos, 2018.

MULLER, Liane Susan. “As contas do meu Rosário são balas de artilharia”. In: SILVA, Gilberto Ferreira da; SANTOS, José Antônio do Santos. RS: negro - cartografias sobre a produção do conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009.

MULLER, Liane Susan. As contas do meu rosário são balas de artilharia. Porto Alegre: Pragmatha, 2013.

MULLER, Liane Susan. O negro e suas devoções. A importância da Irmandade do Rosário e da Festa dos Navegantes para a formação de uma classe média negra porto-alegrense. Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. UFRGS, Porto Alegre, 2005.

MULLER, Liane Susan. "As contas do meu rosários são balas de artilharia". Irmandade, jornal e sociedades negras em Porto Alegre 1889-1920. Dissertação (Mestrado em História) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, Porto Alegre, 1999.

NASCIMENTO, Álvaro Pereira. Trabalhadores negros e o “paradigma da ausência”: contribuições à história social do trabalho no Brasil. Estudos Históricos. V. 29, n. 59, Rio de Janeiro, 2016.

NASCIMENTO, Álvaro Pereira. Recrutamento para a Marinha Brasileira. República, cor e cidadania. In: MUGGE, Miquéias H.; COMISSOLI, Adriano (Org.). Homens e armas: recrutamento militar no Brasil -- Século XIX. São Leopoldo: Oikos, 2011, v., p. 235-256.

NASCIMENTO, Mara Regina do. As Irmandades no Meio Urbano: práticas funerárias e religiosidade entre os leigos. Porto Alegre (1780-1850). Tese (Doutorado em história) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.

NEGRO, Antônio Luigi e GOMES, Flávio. Além de senzalas e fábricas uma história social do trabalho. Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, v. 18, n. 1, junho de 2006.

NONNENMACHER, Marisa Schneider. Tudo Começou em uma Madrugada. Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora (1872-2015). Porto Alegre, Medianiz, 2015.

OLIVEIRA, Daniel. “Os Facultativos são Obrigados a Declarar […] Cor, […] Moléstia”: Mortalidade, atuação médica e pensamento racial em Porto Alegre, na segunda metade do século XIX. Tese (Doutorado em história] - Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre, 2018.

OLIVEIRA, Franciele Rocha de. Dos Laços entre José e Innocência: Trajetórias de uma família negra entre a escravidão e a liberdade no Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em história). Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2017.

PERUSSATTO, Melina Kleinert. Arautos da Liberdade: Educação, trabalho e cidadania no pós-Abolição a partir do jornal O Exemplo de Porto Alegre (C. 1892 - C. 1911). [Tese de doutorado]. Porto Alegre, PPGH/UFRGS, 2018.

PESAVENTO, Sandra. Emergência dos Subalternos. Trabalho Livre e Ordem Burguesa. Porto Alegre: Ed. da Universidade / UFRGS: FAPERGS, 1989.

PINTO, Ana Flávia Magalhães. Fortes laços em linhas rotas: Literatos negros, racismo e cidadania na segunda metade do séc. XIX. [Tese de doutorado]. Campinas, Unicamp, 2014.

REIS, João José. Identidade e diversidade étnicas nas irmandades negras no tempo da escravidão. Tempo. Revista do Departamento de História da UFF. Rio de Janeiro: Relume Dumará, vol. 2, nº 3, 1997.

REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos; CARVALHO, Marcus J. M. de. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no atlântico negro (1822-1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

RIOS, Ana Lugão & MATTOS, Hebe. Memórias do Cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição. RJ: Civilização Brasileira, 2005.

ROEDIGER, David R. E se o trabalho não fosse branco e masculino? Recentrando a história da classe trabalhadora e estabelecendo novas bases para o debate sobre sindicato e raça. In: FORTES, Alexandre et al. (org.). Cruzando Fronteiras: novos olhares sobre a história do trabalho. São Paulo: Perseu Abramo, 2013.

SANTOS, José Antônio dos. Prisioneiros da história: Trajetórias intelectuais na imprensa negra meridional. 281 f. Tese (Doutorado em História) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SCHWARCZ, Lilia; MACHADO, Maria Helena. Abolições: A construção dos conceitos de liberdade, raça e tutela nas Américas. In: SCHWARCZ, Lilia M.; MACHADO, Maria Helena P. T. Emancipação, Inclusão e Exclusão. Desafios do Passado e do Presente. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Sim nós somos racistas: Estudos psicossocial da branquitude Paulistana. Psicologia & Sociedade. V.26, p.83-94, 2014.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese (Doutorado em psicologia) - Instituto de psicologia, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2012.

SILVA, Fernanda Oliveira da. As Lutas Políticas nos Clubes Negros: Culturas Negras, Racialização E Cidadania Na Fronteira Brasil-Uruguai No Pós-Abolição (1870-1960). Tese (Doutorado em História). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

TAVARES, Mauro Dillmann. Irmandades Religiosas, Devoção e Ultramontanismo em Porto Alegre no Bispado de Dom Sebastião Dias Laranjeira (1861-1888). Dissertação (Mestrado em História) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2007.

THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

WEIMER, Rodrigo de Azevedo. Felisberta e sua gente: consciência histórica e racialização em uma família negra no pós-emancipação rio-grandense. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

WEIMER, Rodrigo de Azevedo. Os nomes da liberdade: Ex-escravos na serra gaúcha no pós-abolição. São Leopoldo: Oikos, 2008.

ZUBARAN, Maria Angélica. Comemorações da Liberdade: lugares de memórias negras diaspóricas. Anos 90 (UFRGS). V. 15, P. 161-187, 2008, p. 177.

Downloads

Publicado

2019-12-17

Como Citar

MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Havemos de ser atendidos em nossos direitos, uma vez que servimos para votantes e soldados, não obstante a nossa cor: associativismo negro, direitos e cidadania (a Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, Porto Alegre, séc. XIX). Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 11, p. 1–30, 2019. DOI: 10.5007/1984-9222.2019.e66929. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2019.e66929. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê 2019.2 - "Beatriz Ana Loner: Mundos do Trabalho e Pós-Abolição"