A casa do trabalhador em tempos epidêmicos. São Paulo, primeiras décadas republicanas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984.9222.2020.e75456

Resumo

Entre o final do século XIX e os anos 1910, com o crescimento vertiginoso da cidade de São Paulo, a habitação dos trabalhadores foi tema de discussões médicas e de propostas governamentais, além de pauta recorrente de jornais que, em nome dos trabalhadores ou operários, denunciavam a situação precária das moradias de muitos dos habitantes da cidade. Este artigo discute a casa operária na capital do estado de São Paulo nos contextos da ameaça de peste bubônica em 1899, do surto de varíola de 1908 e da epidemia de gripe espanhola, privilegiando as considerações dos jornais “independentes”, anarquistas ou libertários e, no caso da gripe de 1918, aquelas do O Combate, jornal da grande imprensa cujo lema era “independência, verdade e justiça”. Nesses jornais, a ciência, traduzida em proposições médicas, embasou críticas sociais e ao governo, e a divulgação, para os trabalhadores, do ideal da casa salubre e da importância das práticas higiênicas para a manutenção da saúde nesses períodos epidêmicos.

Biografia do Autor

Liane Maria Bertucci, Universidade Federal do Paraná

Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizou estágio de pós-doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Professora associada de História da Educação na Universiade Federal do Paraná (UFPR).

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Publicado

2020-10-27

Como Citar

BERTUCCI, Liane Maria. A casa do trabalhador em tempos epidêmicos. São Paulo, primeiras décadas republicanas. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 12, p. 1–18, 2020. DOI: 10.5007/1984.9222.2020.e75456. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/75456. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

D1 "Os mundos do trabalho e suas interfaces com a ciência, a saúde e a doença”