Chica Brincuda, “a última a ficar nestas terras de escravos”: mulheres negras no Litoral Negro do Rio Grande do Sul

Autores

  • Claudia Daiane Garcia Molet

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2019.e67177

Resumo

Neste artigo, tenho o objetivo de analisar as experiências de mulheres negras no Litoral Negro do Rio Grande do Sul, visando destacar os arranjos familiares marcados pela matrilinearidade, as memórias da escravidão e as experiências no pós-Abolição. Aciono as memórias e histórias de Chica Brincuda, rememorada na comunidade remanescente quilombola do Limoeiro como “a última a ficar nestas terras de escravos”. Para isso, aciono as memórias dos quilombolas e outros documentos escritos, como testamento, alforrias e registros de batismos.

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Publicado

2019-12-17

Como Citar

MOLET, Claudia Daiane Garcia. Chica Brincuda, “a última a ficar nestas terras de escravos”: mulheres negras no Litoral Negro do Rio Grande do Sul. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 11, p. 1–20, 2019. DOI: 10.5007/1984-9222.2019.e67177. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2019.e67177. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê 2019.2 - "Beatriz Ana Loner: Mundos do Trabalho e Pós-Abolição"