Singularidades e desafios do assistencialismo empresário nas ferrovias da Argentina moderna, 1890-1920

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2021.e80373

Resumo

Este artigo investiga as políticas de bem-estar das companhias ferroviárias na Argentina entre 1890 e 1920. Pergunta-se sobre a especificidade dessas estratégias empresariais em uma sociedade de imigração maciça e em um setor dominado por capitais estrangeiros, particularmente britânicos. A partir da análise de uma documentação vasta e inexplorada, examina a relevância da promoção de atividades festivas e recreativas por parte das empresas, seu papel na integração de uma população trabalhadora heterogênea e na conformação de um ideal de uma “grande família ferroviária” multinacional. Procura demonstrar que essa construção resultou de um complexo e conflitivo processo em que estiveram envolvidos as administrações ferroviárias, os operários e os empregados ferroviários, e os funcionários públicos. Documenta como essa cosmovisão entrou em crise no contexto da recessão desencadeada pela Grande Guerra, a mobilização laboral e a democratização política local dos anos 1910.

Biografia do Autor

Silvana A. Palermo, Universidad Nacional de General Sarmiento / CONICET

Doutora em História pela State University of New York at Stony Brook. Professora Titular na Universidad Nacional de General Sarmiento (Buenos Aires, Argentina), Investigadora Adjunta CONICET.

Referências

ANDÚJAR, Andrea. Comunidad obrera, género y políticas asistenciales: Comodoro Rivadavia, 1922- 1932.” Archivos de historia del movimiento obrero y la izquierda, 7, setembro 2015.

AYUSO, Luz. Red de escuelas técnicas de autogestión obrera. “La Fraternidad” entre la política y la pedagogía. (1887- 1927). Tese (Doutorado em Ciências da Educação) - Facultad de Filosofía y Letras, UBA, Buenos Aires, 2016.

BADALONI, Laura. Dossier: Ferrocarriles e ingenieros. Aportes a una historia más allá de las fronteras nacionales, H-industri@, año 9, n. 16. p. 1-12, primer semestre 2015.

BADALONI, Laura. La familia ferroviaria a principios del siglo XX. Bienestar y lealtades de hierro en el Ferrocarril Central Argentino. In: DICOSIMO, Daniel; SIMONASSI, Silvia (comp.). Trabajadores y empresarios en la Argentina del siglo XX: indagaciones desde la historia social. Rosario: Prohistoria, 2011, p.143-158.

BADALONI, Laura. Listas negras y protesta obrera. El Ferrocarril Central Argentino y sus trabajadores durante la Primera Guerra Mundial. Historia Crítica 66, 2017.

BALLESTEROS DONCEL, Esmeralda, Retribuciones de los trabajadores del Servicio de Vía y Obras (MZA). Reflexiones en torno a un análisis multidimensional. Transportes, Servicios y Telecomunicaciones, n. 18, p. 172-197, 2010.

CARVALHO, Philipe Murillo S. de. Na defesa dos sagrados interesses: a greve dos ferroviários no sul da Bahia (Ilhéus e Itabuna, maio de 1927). Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 11, p. 1-26, 2019.

CEVA, Mariela. Empresas, trabajo e inmigracion en Argentina. Los casos de la Fabrica Argentina de Alpargatas y Algodonera Flandria (1887-1955). Buenos Aires: Biblos, 2010.

DUMMOND, Dianne. Crewe: Railway Town, Company and People 1840-1914, New York: Routledge, 1995.

DRUMMOND, Dianne. Britain's railway engineers: the first virtual global community. In: HERBRECHTER, Stefan; HIGGINS, Michael, Returning (to) Communities Theory, Culture and Political Practice of the Communal. Amsterdam Editions, Rodopi, 2006, p. 205-220.

D’ÚVA. Las políticas de beneficios de las empresas ferroviarias desde la perspectiva de los trabajadores. Argentina primeras dos décadas del siglo XX. Revista Notas Históricas y Geográficas, N. 24, p. 132- janeiro-junho 2020.

FONTES, Paulo. Um nordeste em São Paulo: trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945-66). Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.

GARCIA GONZALEZ, Guillermo. Actitudes y respuestas de las empresas ferroviarias españolas frente a la cuestión social. Transportes, Servicios y Telecomunicaciones, nº 18, p. 198-217, Junio 2010.

GOODWIN, Paul. Los ferrocarriles británicos y la UCR. Buenos Aires, Ediciones La Bastilla, 1974.

GOLDBERG, Heidi. Railroad Unionization in Argentina, 1912-1929. The Limitations of a Working Class Alliance, Tese Doutorado, Yale University, 1979.

KLUBOCK, Thomas. Contested Communities. Class, Gender and Politics in Chile's El Teniente Copper Mine, 1904-1951. Durham: Duke University Press, 1998.

LANNA, Ana Lucia Duarte. Trabalhadores das ferrovias. A Companhia Paulista de Estrada de Ferro, São Paulo, 1870-1920. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 32, n. 59, p. 505-545, 2016.

LICHT, Walter. Fringe Benefits: A Review Essay on the American Workplace. International Labor and Working-Class History, n. 53, p. 164-178, 1998.

LOBATO, Mirta Zaida. La vida en las fábricas, trabajo, protesta y política en una comunidad obrera, Berisso (1904-1970). Buenos Aires: Prometeo Libros, 2001.

LOPEZ, Mario Justo. Un sistema ferroviario con empresas privadas extranjeras y control estatal. In LOPEZ Mario J. y J. E. WADDELL (comp.). Nueva historia del ferrocarril en la Argentina. 150 años de política ferroviaria. Buenos Aires: Ediciones Lumiere S. A., 2007.

MARTINEZ VARA, Tomas. Salarios y programas de bienestar industrial en la empresa ferroviaria MZA (1915-1935). Investigaciones de Historia Económica, n. 4, p. 101-138, 2006.

O’BRIEN, Thomas. The Revolutionary Mission. American Enterprise in Latin America, 1900-1945. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

OTERO, Hernán. La guerra en la sangre. Los franco-argentinos ante la Primera Guerra Mundial. Buenos Aires: Ed. Sudamericana, 2009.

ROCK, David El radicalismo argentino 1890-1930. Buenos Aires: Amorrortu, 1992.

SHERWOOD, John. Rationalization and Railway. Workers in France: Raoul Dautry and Les Chemis de Fer de l'Etat, 1928-1937. Journal of Contemporary History, v. 15 n. 3, p. 443-474, 1980.

SOUZA, Robério S. Tudo pelo trabalho livre: trabalhadores e conflitos no pós abolição (Bahia, 1892-1909). Salvador: EDUFBA, 2011.

STRANGLEMAN, Tim. Railway and grade: the historical construction of contemporary. Tese Durham University, 1998. Disponível em http://etheses.dur.ac.uk/4870.

STROMQUIST, Shelton. A Generation of Boomers: The Pattern of Railroad Labor Conflict in Nineteenth Century America. Urbana: University of Illinois Press, 1987.

SURIANO, Juan. La construcción del lenguaje de derechos obreros en la Argentina, 1900-1943. In SURIANO, Juan e Cristiana SCHETTINI (comp.) Historias cruzadas. Diálogos historiográficos sobre el mundo del trabajo en Argentina y Brasil. Buenos Aires: Editorial Teseo, 2019.

TATO, María Inés. La Trinchera Austral. La sociedad argentina ante la Primera Guerra Mundial, Rosario, Prohistoria ediciones, 2017.

THOMPSON, Ruth. Organized Labor in Argentina: the Railway Unions to 1922, Tese Doutorado, Oxford University, 1979.

VERGARA, Angela. Paternalismo industrial, empresa extranjera y campamentos mineros en América Latina: un esfuerzo de historia laboral y transnacional. Avances del Cesor, Año X, N° 10, p. 113-128, 2013.

WEINSTEIN, Barbara. For Social Peace in Brazil. Industrialist and the Remaking of the Working Class in São Paulo, 1920-1964. Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 1996.

Downloads

Publicado

2021-11-12

Como Citar

PALERMO, Silvana A. Singularidades e desafios do assistencialismo empresário nas ferrovias da Argentina moderna, 1890-1920. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 13, p. 1–21, 2021. DOI: 10.5007/1984-9222.2021.e80373. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/80373. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)