“Viva a classe operária mineira unida! Contra a guerra imperialista!”: os mineiros de carvão do Rio Grande do Sul e o esforço de guerra (1942-1945)
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2019.e65957Resumen
A região carbonífera do Baixo Jacuí, no Rio Grande do Sul, é conhecida como sendo o berço da indústria do carvão mineral no Brasil. Os primórdios desta indústria remontam à segunda metade do século XIX, porém sua afirmação dentro do contexto industrial brasileiro aconteceu durante o período do esforço de guerra, quando milhares de toneladas do minério foram extraídas do subsolo das duas principais localidades mineradoras da época: Arroio dos Ratos e Butiá. Este artigo busca compreender como os operários das minas de carvão da região se posicionaram diante desta conjuntura caracterizada por lucros de um lado, e superexploração por outro. Primeiramente busca-se discutir sobre o modo como o discurso do esforço de guerra percorreu a região por meio de diferentes segmentos da comunidade carbonífera, buscando arrecadar e legitimar o esforço máximo do operariado das minas. A seguir, apresenta-se os níveis de exploração aos quais os mineiros estavam submetidos neste contexto e algumas de suas principais reivindicações e formas de resistência. Por fim, observa-se o posicionamento da entidade de classe ante a pressão das companhias mineradoras e da própria categoria mineira. Para este artigo, foram levantados documentos dos fundos documentais CADEM e Sindicatos, ambos pertencentes ao acervo do Arquivo Histórico da Mineração, localizado na cidade de Arroio dos Ratos.
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