O mundo do trabalho carioca: chapeleiras e chapeleiros na Fábrica de Chapéus Mangueira (1920-1940)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2020.e70971

Resumen

O artigo objetiva analisar o mundo do trabalho carioca e chapeleiro tal como se configurou na experiência da Fábrica de Chapéus Mangueira, nas três décadas seguintes após a morte do seu fundador, inserido no contexto das transformações políticas, econômicas e sociais, da “Era Vargas”. Utilizamos como fontes as listagens de empregados da FCM entre 1931 e 1954, impressos, jornais, inventários, testamentos, e um livro de instrução para mestres, publicado pela fábrica em 1947, além de fotografias e de depoimentos orais. Com base nesse acervo documental, intento compreender as suas vivências mais concretas no ambiente do cotidiano da fábrica, onde se reproduziram complexas relações sociais, étnicas, de poder e de gênero. Chapeleiras e chapeleiros foram, a seu modo, protagonistas de um processo que lhes fora avassalador em termos de exigências, cobranças, ameaças e lutas pela conquista, garantia e preservação dos seus direitos.

Biografía del autor/a

Lyndon de Araújo Santos, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9181-2551. E-mail: lyndon.santos@ufma.br.

Citas

BASTOS, Pedro Paulo Zahluth. Ascensão e crise do projeto nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas. In: BASTOS, Pedro Paulo Zahluth & FONSECA, Pedro Cezar Dutra (orgs). A era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade. São Paulo: Editora UNESP, 2012.

CANTO, Adéli Casagrande do; CEZNE, Andrea Nárriman. Comunidades Quilombolas: a questão da cidadania e dos direitos humanos através das ações afirmativas no reconhecimento da propriedade de suas terras. Revista Sociais & Humanas, CCSH/UFSM, v. 19, nº 1, 2006, p. 3. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/1351/780. Acesso em: 21 jan. 2019.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013, Disponível em: https://www.priberam.pt/dlpo/fula, acesso em: 12 fev. 2018.

DRAIBE, Sônia. Rumos e metamorfoses: um estudo sobre a constituição do estado e suas alternativas a industrialização no Brasil, 1930-1960. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

FONSECA, Pedro Cezar Dutra. Instituições e política econômica: crise e crescimento do Brasil na década de 1930. In: BASTOS, Pedro Paulo Zahluth & FONSECA, Pedro Cezar Dutra (orgs.). A era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade. São Paulo: Editora UNESP, 2012

LIMA, Sérgio Prates. Uma Ética Protestante Tropical: José Luiz Fernandes Braga e a Fábrica de Chapéus Mangueira (1858 a 1920). Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. História do Rio de Janeiro. Do capital comercial ao capital financeiro. Rio de Janeiro: IBMEC, 1978.

POCHMANN, Marcio. Brasil sem industrialização: a herança renunciada. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2016.

SANTOS, Lyndon de A. Os Brácaros Chapeleiros Mundos e representações dos chapéus no Rio de Janeiro (1825-1898). Varia Historia, Belo Horizonte, v. 31, n. 57, p. 787-818, set/dez 2015.

WEINSTEIN, Barbara. (Re)formação da classe trabalhadora no Brasil (1920-1964). Trad. Luciano Machado. São Paulo: Cortez: CDAPH-IFAN-Universidade São Francisco, 2000.

Publicado

2020-03-24

Cómo citar

SANTOS, Lyndon de Araújo. O mundo do trabalho carioca: chapeleiras e chapeleiros na Fábrica de Chapéus Mangueira (1920-1940). Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 12, p. 1–22, 2020. DOI: 10.5007/1984-9222.2020.e70971. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2020.e70971. Acesso em: 30 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos