Possibilidades e limites da formação continuada na escola sob a orientação de política educativa performática
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2017v35n2p672Resumo
O artigo analisa as estratégias didáticas da formação continuada utilizada por uma coordenadora pedagógica de escola municipal de primeiro segmento do Rio de Janeiro em parceria com outros educadores. A partir do diálogo com os referenciais teóricos (Ball, Libâneo, Tardif e Freire), pretende-se refletir sobre limites e possibilidades de uma formação continuada na escola que mantenha preocupação com a função social da Educação e da formação do cidadão em tempos de políticas educacionais performáticas. Os dados foram coletados em observações de reuniões, análise de documentos e entrevistas. Conclui-se que a coordenadora pedagógica buscou desenvolver uma formação continuada com ajustes secundários à política educacional performática, por já existir um trabalho coletivo, entre docentes e famílias, em torno do projeto da escola. Isso possibilitou que ela buscasse um consenso em relação aos conteúdos e como mobilizar os alunos para aprendê-los. Apresentam-se como limitações do processo de formação: o tempo previsto pela Secretaria Municipal de Educação para formação continuada, as diferentes perspectivas sobre o papel da escola e a dificuldade para estabelecer parcerias com outras instituições e/ou profissionais. Sem parcerias, a formação continuada fica restrita à realidade e aos saberes locais, perdendo os benefícios de novos e outros saberes de outros profissionais. Uma das possibilidades de superação dos limites apontados seria a busca de parceria com grupos de pesquisa de universidades.
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