A geometria como disciplina do curso de formação de professores primários: a influência do método intuitivo nas primeiras décadas do século XX no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n1p102Resumo
O artigo discute o papel da geometria na formação de normalistas no início do século XX, quando o ensino primário se estrutura no Brasil com o apoio do método intuitivo. A geometria vista como um saber a ensinar trataria suporte, para além dela mesma, ao ensino das formas, essencial na perspectiva intuitiva de conhecimento. Pelos pressupostos do método intuitivo, a aprendizagem inicia-se pelas sensações, pelos órgãos dos sentidos. Assim, observar, tocar, sentir e, enfim, nomear são processos fundamentais. Para Pestalozzi, a intuição no método elementar não se restringe à simples impressão sensível causada pelas coisas. Sendo assim, carece de fazer agir uma arte da intuição pela qual participam os elementos fundamentais que permitem o conhecimento: a forma, o número e o nome. O modelo de formação de professores baseado na arte de ensinar, que supunha a observação de bons modelos de ensino, é reforçado com a publicação de revistas pedagógicas que funcionariam como uma caixa de utensílios na qual as lições seriam dedicadas aos professores, fornecendo um conhecimento para ensinar.
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