Docência e didáticas: percepções de quem forma o professor
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2022.e85569Palavras-chave:
Didática, Docência, Formação de professoresResumo
O objetivo deste artigo é discutir as percepções de docência e de didáticas específicas de coordenadores e professores de cursos de licenciatura da Universidade de Brasília. Foram contemplados os cursos de: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna – Inglês, Educação Física, Matemática, História, Geografia, Ciências Físicas e Biológicas. Pela abordagem qualitativa, analisa-se dados de questionários e entrevistas semiestruturadas. Conclui-se que as percepções dos formadores acerca da didática específica pautam-se nas dimensões político-pedagógica, técnica, profissional, da formação com pesquisa, dialógica, teórico-prática, problematizadora; e que diante da complexidade do trabalho docente, é fundamental que os cursos de licenciatura envidem esforços institucionais para consolidar nos currículos de formação docente, as didáticas específicas.
Referências
BALZAN, Newton. Indissociabilidade ensino-pesquisa como princípio metodológico. In: VEIGA. Ilma Passos A.; CASTANHO, Maria Eugênia L. M. (org.). Pedagogia universitária: A aula em foco. Campinas: Papirus, 2000.
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. Didática e práxis. In: Jornada de Didática, 2; Seminário de Pesquisa do CEMAD, 1., 2013. Anais [...]. Paraná: Universidade Estadual de Londrina, 2013. p. 321-336. Tema: Docência na educação superior – caminhos para uma práxis transformadora.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, p. 27833, 23 dez. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 13 dez. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 2, de 1 de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 8, 2 jul. 2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file Acesso em: 23 nov. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 46-49, 15 abr. 2020.
CRUZ, Shirleide Pereira da Silva; BATISTA NETO, José. A polivalência no contexto da docência nos anos iniciais da escolarização básica: refletindo sobre experiências de pesquisas. Revista Brasileira de Educação, v. 17, n. 50, p. 385-396, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782012000200008
CURADO SILVA, Kátia Augusta C. P. Cordeiro. Epistemologia da práxis na formação de professores: perspectiva crítico-emancipadora. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2018.
DUARTE, Newton. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Campinas, SP: Autores Associados, 1993.
FERNÁNDEZ ENGUITA, Mariano. A ambiguidade da docência: Entre o profissionalismo e a proletarização. Teoria e Educação, Porto Alegre, n. 4, p. 41-61, 1991. Dossiê: Interpretando o trabalho docente.
FRANCO, Maria Laura P. B. Análise do Conteúdo. Brasília-DF: Líber Livro, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e terra, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
FRIGOTTO, Gaudêncio. O enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa educacional. In: FAZENDA, Ivani. Metodologia da Pesquisa Educacional. São Paulo: Cortez, 2010.
GALVÃO, Ana Carolina; LAVOURA, Tiago Nicola; MARTINS, Lígia Márcia. Fundamentos da Didática Histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados. 2019.
GARCIA, Cláudia. As possibilidades do contrato pedagógico em sala de aula: estudo de uma escola da periferia de Porto Alegre. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de pós-graduação em Educação. Faculdade de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
KOPNIN, Pavel Vasilyevich. Fundamentos lógicos da ciência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Tradução: Célia Neves e Alderico Toríbio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática e epistemologia: para além do debate entre a didática e as didáticas específicas. In: VEIGA, Ilma P. A.; D’AVILA, Cristina (org.). Profissão Docente: novos sentidos, novas perspectivas. Campinas, SP: Papirus, 2008.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
LIBÂNEO, José Carlos; SUANNO, Marilza Vanessa Rosa. Didática e escola em uma sociedade complexa. Goiânia: CEPED, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Formação de professores e didática para o desenvolvimento humano. Educação & Realidade, Porto Alegre, v.40. n. 2, 629-650, abr/jun.2015. http://dx.doi.org/10.1590/2175-623646132
MARIN, Alda Junqueira; PIMENTA, Selma Garrido (org.). Didática: teoria e pesquisa. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, 2015.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. Tradução: Luciano Cavini Martorano. São Paulo: Martin Claret, 2017.
MELO, Geovana Ferreira; CAMPOS, Vanessa T. Bueno. Pedagogia universitária: por uma política institucional de desenvolvimento docente. Cad. Pesquisa em Educação, São Paulo, v. 49, n. 173, p. 44-63, jul./set. 2019.
NAGLE, Jorge. Educação e sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU, EDUSP, 1974.
PIMENTA, Selma Garrido. Pedagogia, ciência da educação? São Paulo: Cortez, 1996.
PIMENTA, Selma Garrido. Movimentos críticos da Didática: resistência ao tecnicismo/neotecnicismo neoliberal. Presença Pedagógica na sala de aula, Belo Horizonte, v. 146, n. 23, p. 12-21, nov. 2018.
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no Ensino Superior. São Paulo: Cortez, 2002.
PIMENTA, Selma Garrido; FRANCO, Maria Amélia Santoro; FUSARI, José Cerchi. Didática multidimensional: da prática coletiva à construção de princípios articuladores. ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 17, 2015, Fortaleza. Anais [...]. Fortaleza: Universidade do Estado do Ceará, 2015
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São Paulo: Cortez Editora, 2012.
SÁNCHEZ VÁZQUEZ, Adolfo. Filosofia da práxis. Tradução de Luiz Fernando Cardoso. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 8. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.
SOUZA, Nádia Aparecida de. A relação teoria-prática na formação do educador. Semina: Ci. Soc. Hum., Londrina, v. 22, p. 5-12, set. 2001.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A prática pedagógica do professor de didática. Campinas, SP: Papirus, 1989.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (coord.). Didática: entre o pensar, o dizer e o vivenciar. Ponta Grossa: Editora UEPC, 2012.
WACHOWICZ, Lilian Anna. O método dialético na didática. Campinas, SP: Papirus, 1989.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Edileuza Fernandes Silva, Rosana César de Arruda Fernandes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.
