O ensino de Ciências nas escolas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xAbstract
Os currículos de ciência, surgidos nas escolas secundárias na década imediatamente posterior ao Sputnik ( 1957), enfatizaram, de maneira geral, a natureza da Ciência e se propuseram a desenvolver nos alunos a habilidade da inquirição como um meio para desenvolver uma cidadania funcional. Entretanto, após vinte e cinco anos de aplicação destes curriculos, a educação científica está em crise nos países mais desenvolvidos. O Brasil, como um país em desenvolvimento, necessita construir uma cultura tecnológica para poder desenvolver harmoniosamente todos os níveis de sua sociedade. Propomos, como um dos primeiros passos desta transformação sócio-cultural, um ensino científico baseado no processo metodológico, relacionando não só o conhecimento e as aplicações tecnológicas, mas também os fenômenos sócio-culturais. Nosso contato diário e constante é com a tecnologia e não com a Ciência, como afirmou Goodlad (1973). E, poder-se-ia acrescentar que as percepções destes contatos, os pensamentos e as açõessão coordenados e orientados pelos valores sócio-culturais privilegiados pela sociedade na qual a pessoa está inserida. É, portanto, pedagogicamente aconselhável fundamentar o ensino científico nas aplicações tecnológicas próprias da cultura da sociedade onde o aluno vive, para que possa compreender e atuar eficazmente no seu meio ambiente.
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