"Descompostura": la medicalización infantil en el ambito de las escuelas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e67338Resumen
La infancia, entendida como una "invención moderna", está impregnada por procesos culturales que inciden en los cuerpos de los niños en los espacios más variados donde ellos se encuentran. De este modo, una multiplicidad de conocimientos técnico-científicos construye verdades, que organizan los modos de entender la infancia. Esta investigación se realizó con profesionales de la educación de las escuelas públicas de un municipio del sur de Brasil con la finalidad de entender cómo acontece el protocolo de ingreso de niños a especialistas de salud responsables por el diagnóstico y el tratamiento biomédico de los trastornos relacionados con la infancia. Se realizaron entrevistas con profesionales de la educación, así como observaciones y registros en diarios de campo. El material empírico compuesto por documentos utilizados para diagnósticos e protocolos de ingreso de estudiantes considerados con trastornos. Este conjunto de materiales fue analizado como artefactos culturales y sometido a análisis temáticas. El diagnóstico y la elaboración de informes demostraron ser una forma rápida de resolver problemas que demuestran molestias en la escuela, como la agitación, la falta de atención, el bajo rendimiento escolar, la transformación de conductas no deseadas en patologías. La problemática en cuestión, no busco hacer un juicio de valor sobre el fenómeno investigado, sino repensar cómo se propagan las prácticas de medicalización dentro y fuera de las escuelas y qué efectos generan en la construcción de los sujetos y comunidades, muchas veces encubriendo problemas sociales, culturales y económicos más grandes.
Citas
ANDRADE, L.B.P. Tecendo os fios da infância. São Paulo: Unesp, 2010.
ARIÈS, P. História Social da Infância e da Família. Tradução de Dora Flasksman. Rio de Janeiro: Editora S. A. 1978.
BELTRAME, M.M; BOARINI, M.L. Saúde Mental e infância: reflexões sobre a demanda escolar de um CAPSi. Psicol. Cienc. Prof., v. 33, n. 2, p. 336-349, 2013.
BRZOZOWSKI, F. S.; BRZOZOWSKI, J. A.; CAPONI, S. Classificações Interativas: o caso do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade infantil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 14, n. 35, p. 891-904, out./dez. 2010.
BRZOZOWSKI, F. S.; CAPONI, S. Medicalização dos desvios de comportamentos da infância: aspectos positivos e negativos. Psicologia: ciência e profissão, v. 33, n. 1, p. 208-221, 2013.
CAPONI, S. Biopolítica e medicalização dos anormais. Physis, Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, 2009.
CONRAD, P. The medicalization of society: on the transformation of human conditions into treatable disorders. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007.
COSTA, M. V. Sobre as contribuições das análises culturais para a formação dos professores do início do século XXI. Educar, Curitiba, n. 37, p. 129-152, maio/ago. 2010.
DENZIN, N.; LINCOLN, Y. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Editora Artmed, 2006.
FIGUEIRA, P. L.; CALIMAN, L. V. Considerações sobre os movimentos de medicalização da vida. Psi. Clin., v. 16, n. 2, p. 17-32, 2014.
FOUCAULT, M. Os anormais. In: FOUCAULT, M. Curso no College de France (1974-1975). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 999. 20 ed.
FRIAS, L. JÚLIO-COSTA, A. Os equívocos e acertos da campanha “Não à medicalização da Vida”. Psicol. Pesq., v. 7, n. 1, p. 3-12, 2013.
GAUDENZI, P.; ORTEGA, F. O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v. 14, n. 40, p. 21-34, jan/mar. 2012.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008. 6 ed.
GOMES, F. et al. Saúde mental infantil na atenção primária à saúde: discursos de profissionais médicos. Saúde soc. v. 24, n. 1, p. 244-258, 2015.
GUARIDO, R. VOLTOLINI, R. O que não tem remédio, remediado está? Educ. rev., v. 25, n. 1, p. 239-263, 2009.
HECKERT, A. L. C.; ROCHA, M. L. A maquinaria escolar e os processos de regulamentação da vida. Psicologia & Sociedade, v. 24, p. 85-93, 2012.
HELLMANN, F.; VANZ, E. A medicalização da infância e o uso dos Florais de Bach no cuidado à saúde de crianças com Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. In: CAPONI, S. et al. (Orgs.). Medicalização da vida: ética, saúde pública e indústria farmacêutica. Palhoça: Editora Unisul, 2010. p. 229-243.
ILLICH, I. A expropriação da saúde: nêmesis da medicina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira S.A., 1975.
KAMERS, M. A fabricação da loucura na infância: psiquiatrização do discurso e medicalização da criança. Estilos clín., v. 18, n. 1, p.153-165, 2013.
LEONARDO, N. S. T.; SUZUKI, M. A. Medicalização dos problemas de comportamento na escola: perspectivas de professores. Fractal: Revista de Psicologia, v. 28, n. 1, p. 46-54, jan.-abr. 2016.
LUENGO, F. C. A vigilância punitiva: a postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
MEIRA, M. E. M. M. Para uma crítica a medicalização da educação. ABRAPEE, v. 16, n. 1, p. 135-142, jan/jun, 2012.
MOYSÉS, M. A.; COLLARES, C. A. L. Medicalização do comportamento e da aprendizagem: a nova face do obscurantismo. In: VIÉGAS, L. S. et al. (Orgs.). Medicalização da Educação e da Sociedade ciência ou mito? Salvador: Edufba, 2014. p. 21-43.
PASSONE, E. F. K. Produção do fracasso escolar e o furor avaliativo: o sujeito resiste? Estilos clin., São Paulo, v. 20, n. 3, p. 400-420, set/dez. 2015.
PAULA, I. J. Remédio se aprende na escola: um estudo sobre as demandas escolares num ambulatório de saúde mental. LILACS, Rio de Janeiro, jun. 2015.
ROSA, C. M.; VERAS, L.; VILHENA. J.; Infância e sofrimento psíquico: medicalização, mercantilização e judicialização. Estilos clinic, v. 20, n. 2, p. 226-245, 2015.
ROSE, N. A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus Editora, 2013.
ROSE, N. Beyond Medicalisation. The Lancet, v. 369, n. 9562, p. 700-702, feb. 2007.
SANCHES, V. N. L.; AMARANTE, P. D. C. Estudo sobre o processo de medicalização de crianças no campo da saúde mental. Saúde debate. Rio de Janeiro, v. 38, n. 102, p. 506-514, jul-set 2014.
SANTOS, L. H. S. Escola, currículo e medicalização do corpo. In: SANTOS, L. H. S. Formação de professores/as em um mundo de transformação. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2012. p.14-21.
SILVA, J. C.; SCHAFER, C.; BONFIGLIO, M. S. A medicalização da infância e o processo psicoterápico. Barbarói, Santa Cruz do Sul. v. 39, p. 70-86, 2013.
VIÉGAS, L. S. et al. (Orgs.). Medicalização da Educação e da Sociedade ciência ou mito? Salvador: Edufba, 2014.
ZORZANELLI, R. T.; ORTEGA, F.; BEZERRA JR, B. Um panorama sobre as variações em torno do conceito de medicalização entre 1950-2010. Cien. Saúde Colet., v. 19, n. 6, p. 1859-68, 2014.
ZUCOLOTO, P. C. S. V. O médico higienista na escola: as origens históricas da medicalização do fracasso escolar. Rev.Bras. Desenvolv. Human, v. 17. n. 1. p. 136-145, 2007.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 George Saliba Manske, Daniela Cristina Rático de Quadros

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.
