La acción humana y la ficción del emprendimiento de uno mismo: crítica a la ideología neoliberal de Von Mises
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2023.e87267Palabras clave:
Neoliberalismo, Acción Humana, Libertad, Estado, EmpreendedorismoResumen
Para que pensemos en la educación, la democracia y la justicia social dentro del contexto global, es de fundamental importancia que estudiemos y analicemos la racionalidad formada por el sistema económico y político que nosotros llamamos neoliberalismo. Ese sistema ideológico neoliberal, creado a partir de la segunda mitad del siglo XX, ejerció y sigue ejerciendo una influencia considerable sobre nuestros sistemas de gobiernos democráticos, representando fuertes amenazas a la educación y a la justicia social, en la proporción en que recurre exclusivamente a la dimensión económica para explicar la mejora de las condiciones de vida individuales y sociales. Este artículo tiene como objetivo analizar críticamente la teoría neoliberal propuesta por Ludwig von Mises como un modelo reduccionista de los conceptos de acción humana, libertad y Estado. Buscamos caracterizar esta teoría como una ideología de un nuevo liberalismo ya diseñado a principios del siglo XX, anclado en los conceptos de libre mercado, culminando en la formación del homo agens, el “emprendimiento” del sistema capitalista. La metodología adoptada es de naturaleza crítico-interpretativa, desarrollando un análisis del modelo neoliberal del autor, con base en autores como Hannah Arendt (1999, 2013), Pierre Dardot y Christian Laval (2016), Wendy Brown (2019), y sostenida en teorías de la justicia contemporáneas como la del autor John Rawls (2011, 2016). Además de las críticas, se proponen a lo largo del texto, algunas perspectivas para superar el modelo de Estado neoliberal establecido y vigente en los escenarios económicos y políticos de los países.
Citas
ARENDT, H. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Trad. José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
ARENDT, H. A condição humana. 11. ed. Trad. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. 2. ed. Brasília, DF: UnB, 1992.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, DF: MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase Acesso em: 02 dez. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Painel Coronavírus. Coronavírus Brasil. Brasília, DF, 2022a. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 02 dez. 2022.
BROWN, W. Nas ruínas do neoliberalismo: a ascensão da política antidemocrática no ocidente. Trad. Mario Antunes Marinho e Eduardo Altheman C. Santos. São Paulo: Politeia, 2019.
CNI. Confederação Nacional da Indústria. Indicadores de custos industriais. Brasília, DF: CNI. ano 30, n. 9, set. de 2022. Disponível em: https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/58/44/5844d457-3159-4f42-8fed-ed9cf037f420/indicadoresindustriais_setembro2022.pdf. Acesso em: 02 dez. 2022.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.
DIEESE. Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA). São Paulo, 6 maio 2022. Disponível em: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2022/202204cestabasica.pdf?fbclid=IwAR0BR1P25-Cp3eZpFCDySdTZg-y5F9eZDyhk-iudRof3_dlcmNKTY3B9xz0. Acesso em: 02 dez. 2022.
DOWBOR, L. O capitalismo se desloca: novas arquiteturas sociais. São Paulo: Edições Sesc, 2020.
FRIEDMAN, M. Capitalismo e liberdade. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). 2. ed. Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção obras de Michel Foucault).
FOUCAULT, M. O nascimento da biopolítica. Lisboa: Edições 70, 2020.
GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 2010.
HAYEK, F. Os fundamentos da liberdade. São Paulo: Visão, 1983.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Desemprego. IBGE. Rio de Janeiro, jan./mar. 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php. Acesso em: 02 dez. 2022.
LEVITSKY, S.; ZIBLATT, D. Como as democracias morrem. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2020.
MAZZUCATO, M. O Estado empreendedor: desmascarando dos mitos do setor público vs. setor privado. Trad. Elvira Serapicos. São Paulo: Portfolio-Penguin, 2014.
NOZICK. R. Anarquia, estado e utopia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
NUSSBAUM. M. C. Fronteiras da justiça: deficiência, nacionalidade, pertencimento à espécie. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
PIKETTY, T. O capital no século XXI. Trad. Monica Baumgarten de Bolle. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
PIKETTY, T. Capital e Ideologia. Trad. Dorothée de Bruchard e Maria de Fátima Oliva do Couto. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.
RAWLS, J. O liberalismo político. Trad. Álvaro de Vita e Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. Trad. Jussara Simões. 4. ed. rev. São Paulo: Martins Fontes, 2016.
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.
SPENCER, H. The Man versus the State: with six essays on Government, Society and Freedom. Carmel; Indiana, EUA: Liberty Fund, 1982.
VON MISES, L. A ação humana: um tratado de economia. 2. ed. Trad. Ana Parreira. Campinas: Vide Editorial, 2020.
VON MISES, L. As seis lições. 9. ed. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. São Paulo: LVM, 2018.
VON MISES, L. A ação humana: um tratado de economia. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.
WID. World Inequality Database. [Base de dados]. [S. l.], jan. [2011?]. Disponível em: https://wid.world/. Acesso em: 02 dez. 2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Andrei Luiz Lodea, Edison Casagranda
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.