Vers une perspective critique et intersectionnelle de l'écoute de la souffrance à l'ère néolibérale : les expériences des étudiants dans l'enseignement supérieur français
DOI :
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2025.e100464Mots-clés :
Néolibéralisme, Enseignement supérieur français , Médicalisation , IntersectionnalitéRésumé
Cet article présente les analyses de la première étape d'une recherche menée en France entre 2023 et 2024, sur les expériences des étudiants universitaires dans leur interface avec les enjeux de la vie universitaire à l'époque néolibérale. Les données qui seront analysées ici proviennent d'un questionnaire en ligne à contenu socio-anthropologique, comportant des questions à choix multiples et une question finale ouverte. 211 étudiants issus de différents établissements français aux divers stades de leur formation y ont répondu. Bien que l’échantillon soit petit en termes absolus, il dialogue avec les statistiques nationales sur plusieurs aspects et permet des perspectives transversales. Celles-ci révèlent, par exemple, une articulation entre les expériences de souffrance étudiante et d’oppression liées aux marqueurs sociaux d’inégalité, renforçant empiriquement le concept d’intersectionnalité. Dans la question ouverte, nous présentons les voix étudiantes à travers des extraits sélectionnés organisés en quatre axes thématiques, dont trois relient les expériences de souffrance étudiante à des situations de discrimination, de fonctionnement institutionnel ainsi qu’à la rationalité néolibérale et médicalisante. Le quatrième axe est constitué d'observations adressées à l'équipe de recherche, en mettant l'accent sur les expressions de gratitude pour l'écoute et le choix des thématiques. L’écoute du message puissant et politique de la souffrance étudiante souligne la nécessité de reconnaître et de combattre les inégalités naturalisées dans l’enseignement supérieur français.
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