O processo de transformação digital na rede de ensino básico de Santa Catarina: políticas, plataformas, formação e controle do trabalho docente
DOI :
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2025.e105942Mots-clés :
Transformação digital na educação, Plataformização, Formação de professoresRésumé
Vivenciamos a consolidação de um processo de digitalização e plataformização em todas as atividades produtivas, do mesmo modo os contextos educativos são impactados. As plataformas digitais ganham protagonismo, remodelando e exercendo controle sobre as relações sociais, educacionais e de trabalho, num processo de massificação e apagamento das diversidades (Decuypere; Grimaldi; Landry, 2021; Pretto et al., 2021). Partindo desse contexto, elegemos como pergunta de pesquisa: como tem se constituído o processo de transformação digital na rede básica de ensino de Santa Catarina/Brasil? As reflexões para responder nossa pergunta são originárias dos resultados da pesquisa “Integração de Tecnologias ao Currículo na Contemporaneidade” conduzida pelo grupo Repercute, nos anos de 2021 a 2024. Por meio de uma metanálise qualitativa, revisitamos os resultados da pesquisa construindo sínteses macro interpretativas que nos permitem caracterizar a transformação digital da educação na rede básica de ensino como um processo que tem se constituído pela: a) A entrada massiva das grandes empresas de tecnologia nas políticas e nos contextos escolares; b) A expansão da autoformação via plataformas digitais e a ação do setor privado na formação docente e c) A prevalência da integração das TDIC como ferramentas de gestão e controle do trabalho docente em detrimento dos processos pedagógicos. A transformação digital em curso não está focada na mudança pedagógica da educação, pois a lógica está pautada pelo controle do trabalho docente e dos processos da escola, entendendo a tecnologia como uma ferramenta de gestão autoritária e centralizada.
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