Estágio em docência do ensino superior

confluências entre formação, identidade e saberes docentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2359-1870.2025.e105029

Palavras-chave:

Formação de Professores, Ensino Superior, Pesquisa Autobiográfica

Resumo

O objetivo deste artigo é trazer reflexões acerca da importância do Programa de Formação de Professores (PFP) da Universidade de São Paulo, Brasil, tanto para a formação inicial quanto continuada/permanente de professores. A metodologia utilizada foi da pesquisa qualitativa, com foco para a observação participante e a narrativa autobiográfica. Dentre os principais resultados, destacamos a maneira como a supervisora conduziu as disciplinas, trazendo a relevância do diálogo, da afetividade, da escuta, da flexibilidade e da negociação, considerando as demandas e as experiências de todos os envolvidos. A interlocução com especialistas em temáticas importantes para a formação docente em Geografia também se mostrou essencial. Concluímos que a participação no PFP foi bastante significativa para a nossa formação permanente porque, além de proporcionar auxílio para a professora-formadora e para os futuros professores no processo educativo, permitiu que vivenciássemos os bastidores relacionados às dinâmicas e demandas referentes à docência do Ensino Superior.

Biografia do Autor

Fabíola Alice dos Anjos Durães, Universidade de São Paulo

Doutoranda em Educação pela Universidade de São Paulo. Mestra em Educação, Bacharela e Licenciada em Geografia, todos pela Universidade de São Paulo (USP).

Érica Alves Cavalcante, Universidade de São Paulo

Mestra em Educação e Geógrafa pela Universidade de São Paulo. Historiadora pela Universidade Estadual Paulista. Professora na rede privada de ensino na cidade de São Paulo (SP).

Referências

APPLE, Michel. Os professores e o currículo: abordagens sociológicas. Lisboa: Educa, 1997.

BALL, Stephen J. Profissionalismo, gerencialismo e performatividade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 126, p. 539-564, 2013. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/447. Acesso em: 10 ago. 2022.

BALL, Stephen J. Reforma educacional como barbárie social: economismo e o fim da autenticidade. Práxis Educativa, Paraná, v. 7, n. 1, p. 33-52, 2012. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/894/89423377003.pdf. Acesso em: 4 jan. 2023.

BARROSO, João. Os professores e os novos modos de regulação da escola pública: das mudanças do contexto de trabalho às mudanças da formação. In: BARBOSA, Raquel L. L. (Org.). Trajetórias e perspectivas da formação de educadores. São Paulo: Ed. UNESP, 2004. p. 49-60.

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Cia das Letras, 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. Brasília: MEC, 1998. Disponível em: https://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/geografia.pdf. Acesso em: 20 fev. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 20 fev. 2022.

CALÇADA, Luís Antonio; JÚNIOR HERINGER, Bruno. Do multiculturalismo ao interculturalismo: fracasso ou aperfeiçoamento. REDES, Canoas, v. 6, n. 2, p. 159-170, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.18316/redes.v6i2.3800. Acesso em: 30 abr. 2022.

CANEN, Ana; OLIVEIRA, Angela M. A. Multiculturalismo e currículo em ação. Revista Brasileira de Educação (online), n. 21, p. 61-74, set./dez. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/QF4wH5r85zzy9hkYKjFDNNB/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 30 abr. 2022.

CONNELY, F. Michael; CLANDININ, D. Jean. Relatos de experiencia e investigación narrativa. In: LARROSA, J. Déjame que te cuente: ensayos sobre narrativa y educación. Barcelona: Laertes, S. A. de Ediciones, 1995.

CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2012.

DURÃES, Fabíola A. A. Estudo do meio e formação docente em geografia: um estudo de caso. 2022. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.48.2022.tde-26042022-154417. Acesso em: 25 ago. 2022.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

LAWN, Martin. Os professores e a fabricação de identidades. Currículo sem Fronteiras, v. 1, n. 2, p. 117-130, jul./dez. 2001.

PONTUSCHKA, Nídia N. O conceito de estudo do meio transforma-se... em tempos diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes. In: VESENTINI, José W. (org.). O ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus, 2004. p. 249-288.

PONTUSCHKA, Nídia N. et al. O “Estudo do meio” como trabalho integrador das práticas docentes. Boletim Paulista de Geografia, n. 70, p. 45-52, 1992. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/boletim-paulista/article/view/927. Acesso em: 2 set. 2022.

RODRIGUES, Tatiane C.; ABRAMOWICZ, Anete. O debate contemporâneo sobre a diversidade e a diferença nas políticas e pesquisas em educação. Educ. Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 15-30, jan./mar. 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000100002. Acesso em: 30 abr. 2022.

SANTOS, Renato Emerson dos. O ensino de Geografia do Brasil e as relações raciais: reflexões a partir da Lei 10.639. In: SANTOS, Renato Emerson dos (Org.). Diversidade, espaço e relações étnico-raciais: o negro na Geografia do Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 21-40.

SEVCENKO, Nicolau. A cidade metástasis e o urbanismo inflacionário: incursões na entropia paulista. Revista USP, São Paulo, n. 63, p. 16-35, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i63p16-35. Acesso em: 10 set. 2022.

SILVA, Amanda M. Da uberização à youtuberização: a precarização do trabalho docente em tempos de pandemia. RTPS - Rev. Trabalho, Política e Sociedade, [S./l.], v. 5, n. 9, p. 587-610, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.29404/rtps-v5i9.698. Acesso em: 5 out. 2022.

SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Proposta curricular para o ensino de Geografia – 1º grau. São Paulo: CENP/SE-SP, 1992.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Pró-Reitoria de Graduação. Edital Programa de Formação de Professores. São Paulo: USP, 2022. Disponível em: https://web.icmc.usp.br/ATAC/programaformacaodeprofessores/Edital_PFP_2022.pdf. Acesso em: 15 ago. 2024.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Pró-Reitoria de Graduação. Programa de Formação de Professores - USP. São Paulo: USP, 2004. Disponível em:https://prg.usp.br/wp-content/uploads/Programa-de-Formacao-de-Professores-USP.pdf. Acesso em: 15 ago. 2024.

VASCONCELLOS, Celso S. Metodologia dialética em sala de aula. Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 28-55, abr./jun., 1992. Disponível em: http://www.celsovasconcellos.com.br/Textos/MDSA-AEC.pdf. Acesso em: 20 mar. 2022.

VITIELLO, Márcio Abondanza; CACETE, Núria Hanglei. Currículo, poder e a política do livro didático de geografia no Brasil. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 26, e260013, p. 1-21, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782021260013. Acesso em: 30 mar. 2022.

Downloads

Publicado

2025-05-27