A vida após a morte de Sylvia Plath: mutilação de uma obra, censura de uma vida
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n286619Palavras-chave:
Sylvia Plath, Publicações póstumas, Censura, Autoria, BiografiaResumo
Neste artigo, são levantados os destinos que o nome e a imagem de Sylvia Plath tomaram após sua morte e, para isso, são analisadas as censuras impostas nas publicações póstumas da sua obra. Recorro a três publicações: Ariel, Letters home by Sylvia Plath e The journals of Sylvia Plath. A partir de Rose (2013), Malcolm (2012) e Carvalho (2003), é esclarecido que o objetivo dessas intervenções era oferecer uma imagem conveniente aos responsáveis pelo seu espólio. São discriminados os papéis do público e da crítica na recepção dessas primeiras edições para, enfim, averiguar a impossibilidade de capturar Plath em uma identidade rígida, visto que o uso dos elementos biográficos em sua obra é mais próximo de um processo de subjetivação do que uma fixação em uma verdade única.
Downloads
Referências
BEZERRA, Isabella Giordano. Transbordamentos femininos: rituais de subjetivação e abjeção em A redoma de vidro, de Sylvia Plath. 2021. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
CARVALHO, Ana Cecília. A poética do suicídio em Sylvia Plath. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, 2003.
DYNE, Susan R. van. “The Problem of Biography”. In: GILL, Jo. The Cambridge Companion to Sylvia Plath. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. p. 3-20.
HOLBROOK, David R. D. “Laing and the Death Circuit”. Encounter, London, v. 31, n. 2, p. 35-45, august 1968.
HUGHES, Ted. “Introduction”. In: PLATH, Sylvia. The collected poems. New York: Harper & Row, 1981. p. 13-17.
HUGHES, Ted. “Sylvia Plath and Her Journals”. Grand Street, New York, v. 1, p. 86-99, 1982.
LOPES, Silvina Rodrigues. Anomalia poética. Belo Horizonte: Chão de Feira, 2019.
MALCOLM, Janet. A mulher calada: Sylvia Plath, Ted Hughes e os limites da biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
McCULLOUGH, Frances. “Editor's note”. In: PLATH, Sylvia. The journals of Sylvia Plath. New York: Ballantine House, 1982. p. XI-XII.
PLATH, Sylvia. Ariel. Campinas: Verus, 2010.
PLATH, Sylvia. A redoma de vidro. São Paulo: Biblioteca Azul, 2014.
PLATH, Sylvia. Johnny Panic e a bíblia dos sonhos e outros textos em prosa. Rio de Janeiro: Biblioteca Azul, 2020.
PERLOFF, Marjorie. “The two Ariels: The (re)making of the Sylvia Plath canon”. American Poetry Review, Filadélfia, v. 13, p. 10-18, nov./dez. 1984.
ROLLYSON, Carl. Isis americana: A vida e a arte de Sylvia Plath. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.
ROSE, Jacqueline. The haunting of Sylvia Plath. Londres: Virago, 2013.
SCHWARTZ, Murray M.; BOLLAS, Christopher. “The Absence at the Center: Sylvia Plath and Suicide”. Criticism, Detroit, v. 18, n. 2, p. 147-172, 1976.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Estudos Feministas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Estudos Feministas está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
A licença permite:
Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e/ou adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material) para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que os termos da licença sejam respeitados. Os termos são os seguintes:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças. Isso pode ser feito de várias formas sem, no entanto, sugerir que o licenciador (ou licenciante) tenha aprovado o uso em questão.
Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo permitido pela licença.