Resistência, currículo e subversão na educação
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2026v33n188041Palavras-chave:
Docência, Professoras, Educação, TravestisResumo
Neste artigo, procuramos refletir, a partir das narrativas da professora travesti Sayonara Nogueira, sobre a trajetória escolar de pessoas trans, questionando se este percurso, marcado por experiências e vivências perpassadas pela exclusão social, contribui para o fomento de práticas docentes inclusivas e para a construção de uma educação mais justa, igualitária, sensível e acolhedora. Por meio de suas narrativas, o texto propõe pensar como um corpo inferiorizado socialmente transita na educação, produzindo currículos dissidentes e subvertendo as normas para sobreviver e existir.
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