Delineando tarefas de funções trigonométricas por meio do mecanismo atencional top-down
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2021.e82929Resumo
Este artigo discute tarefas matemáticas para o ensino de funções trigonométricas na perspectiva do desenvolvimento do mecanismo atencional cerebral top-down, em consonância com a Teoria Antropológica do Didático (TAD), objetos ostensivos e não ostensivos na atividade matemática e a Neurociência Cognitiva. Investigou-se quais os elementos mínimos que uma tarefa trigonométrica deve conter para ativar as expectativas do mecanismo top-down tornando-o exequível na construção do conhecimento matemático. Analisou-se tarefas do livro didático de Matemática do 2º. Ano do Ensino Médio quanto às condições e restrições de implementação dessas tarefas. Buscou-se objetos ostensivos que pudessem ser evocados pelos alunos e não ostensivos necessários à resolução das tarefas, a partir do que dispõem em sua memória, associando-os ao mecanismo atencional investigado. Para as análises usou-se os requisitos mínimos para a elaboração de tipos de tarefas trigonométricas, aproximando a TAD, a Neurociência Cognitiva, os Níveis de Funcionamento do Conhecimento e a Memória de Longo Prazo, visando ativar o mecanismo atencional top-down. As análises apontaram que as tarefas trigonométricas pautadas nos requisitos mínimos de ativação do mecanismo atencional top-down é um caminho para a educação trigonométrica e assim para a aprendizagem matemática.
Referências
Almouloud, S. Ag. (2007). Fundamentos da Didática da Matemática. Curitiba: Ed. UFPR.
Artigue, M. (1988). Ingénierie didactique. Recherches en Didactique des Mathématiques. Grenoble, v.9, n. 3, p. 281-308. Recuperado de: https://revue-rdm.com/bibliotheque/
Brasil. (2018). BNCC – Base Nacional Curricular – Ensino Médio. Brasília, DF. Recuperado de http://basenacionalcomum.mec.gov.br .
Bosch, M. & Chevallard, Y. (1999). La sensibilité de l’activité mathématique aux ostensifs objet d’etude et problematique. Recherche en Didactique des Mathématiques, v. 19 (1), 77-124.
Chaachoua, H.; Bittar, M. (2016). A Teoria Antropológica do Didático: paradigmas, avanços e perspectivas. I Simpósio Latino-Americano de Didática da Matemática - LADIMA. Anais ... Bonito – MS, [s.n.].
Chevallard, Y. (1982). Pourquoi la transposition didactique? Communication au Séminaire de didactique et de pédagogie des mathématiques de l’IMAG, Université scientifique et médicale de Grenoble. Paru dans les Actes de l’année 1981-1982. (pp.167-194). Recuperado de http://yves.chevallard.free.fr/
Chevallard, Y. (1991). La Transposicion Didactica: Del saber sabio al saber enseñado. Argentina: La Pensée Sauvage.
Chevallard, Y. (1992). Concepts fondamentaux de la didactique: perspectives apportées par une approche anthropologique. Recherches en didactique des mathématiques. (pp. 73-11). Grenoble: La Pensée Sauvage.
Chevallard, Y. (1994). Ostensifs et non-ostensifs dans l’activité mathématique. IUFM et IREM d’Aix-Marseille. Recuperado de http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/IMG/pdf/Ostensifs_et_non-ostensifs.pdf
Chevallard, Y. (1999). L’analyse des pratiques enseignantes en théorie anthropologique du didactique. Recherches en Didactique des Mathématiques, v. 9(2), 221-266.
Chevallard, Y. (2002). Approche anthropologique du rapport au savoir et didactique des mathematiques. In: 3es Journées d’Étude Franco-Québécoises. Recuperado de http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/article.php3?id_article=62
Chevallard, Y. (2009). La notion de PER: problèmes et avancéss. Texto apresentado à IUFM de Toulouse. Recuperado de: http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/IMG/pdf/La_notion_de_PER_problems_et_acancees.pdf.
Dante, L. R. (2016). Matemática: contexto e aplicações. Vol. 2. São Paulo: Ática, 2016.
Fonseca, L.; Samá, S.; Soares, K. & Pontes, L. (2017). Uma ecologia dos mecanismos atencionais fundados na neurociência cognitiva para o ensino de matemática no século XXI. Caminhos da Educação Matemática em Revista. 1 (X), 19-30.
Fonseca, L. S. (2015). Um estudo sobre o Ensino de Funções Trigonométricas no Ensino Médio e no Ensino Superior no Brasil e França (Tese de Doutorado em Educação Matemática) Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo.
Fonseca, L. S. & Santos, A. C. (2012). Um estudo preliminar sobre a Neurociência Cognitiva nos cursos de Licenciatura em Matemática de Sergipe/Brasil: necessidades de incorporação de uma engenharia neurodidática. In: EDUCOM: USF.
Gazzaniga, M. S.; Ivry, R. B. & Mangun, G. R. (2006). Neurociência cognitiva: A biologia da mente. Porto Alegre, RS: Artmed.
Herculano-Houzel, S. (2007). Fique de bem com seu cérebro. Rio de Janeiro: Editora Sextante.
Kandel, E; Schwartz, J. H. & Jessel, T. M. (2000). Principles of Neural Science. Nova York: McGraw-Hill.
Lent, R. (2008). Neurociência da Mente e do Comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Posner, M. I. & Petersen, S. E. (1990). The attention system of the human brain. In: Annu Rev Neurosci, v.13, 25-42.
Sternberg, R. J. (2010). Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage Learing.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Eletrônica de Educação Matemática
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).