O efeito da inovação nas empresas multinacionais brasileiras para o desenvolvimento de negócios na base da pirâmide
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2022.e78451Palavras-chave:
Inovação, Pobreza, Comunidades de baixa renda, Negócios internacionaisResumo
A literatura que versa a respeito da base da pirâmide (BoP) apresenta que a propensão e capacidade de inovação das empresas é condição fundamental para entrada e obtenção de resultados no segmento da BoP. Nesta pesquisa buscou-se avaliar o efeito da inovação sobre o desenvolvimento de negócios de empresas multinacionais brasileiras neste segmento. Foram estudadas as empresas listadas no Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras. Para tanto, este estudo utilizou-se de uma pesquisa documental que mostrou-se adequada ao problema de pesquisa. Assim, foram analisados documentos datados a partir de 2002, sendo website da empresa; notícias públicas; relatórios de sustentabilidade; balanços sociais; cartas para acionistas; páginas de relação com investidores e outros. Como resultado, não encontraram-se evidências, tanto na análise qualitativa dos dados, quanto na análise quantitativa, de que as empresas que possuem a inovação na filosofia corporativa, ou como estratégia proeminente, eram mais propensas ao desenvolvimento de negócios na BoP.
Referências
ANDERSON, J.; MARKIDES, C. Strategic innovation at the base of the pyramid. MIT Sloan Management Review, v.49, n.1, p.83-88, 2007.
ARNOULD, E. J.; MOHR, J. J. Dynamic transformations for Base-of-the-Pyramid market clusters. Journal of the Academy of Marketing Science, v.33, n. 3, p. 254-274, 2005.
AULT, J.K.; SPICER, A. Comparative institutional advantages at the bottom of the pyramid: explaining cross-national differences in the growth of commercial microfinance. Working Paper, University of South Carolina, Columbia, 2008.
BARAKAT, L.L. et al. Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2016. 11ª Ed., São Paulo: Fundação Dom Cabral, 2016.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3.ed. Lisboa: Edições 70, 2004.
BELTRÃO, R. E.; NOGUEIRA, F. A. A Pesquisa Documental nos Estudos Recentes em Administração Pública e Gestão Social no Brasil. Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 35, Rio de Janeiro/RJ, Anais... Anpad, Rio de Janeiro/RJ, 2011.
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.
B3. Segmentos de listagem das empresas. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/segmentos-de-listagem/sobre-segmentos-de-listagem/. Acesso em jul./2017.
BOWER, J.; CHRISTENSEN, C. Disruptive Technologies: Catching the Wave. Harvard Business Review, p. 43-53, January/February, 1995.
BRINKERHOFF, J. M. What does a goat have to do with development? Diasporas, IT, and the case of Thamel.com. Information Technologies & International Development, v. 4, n. 4, p. 9-13, 2008.
CHRISTENSEN, C. M. O dilema da inovação: quando novas tecnologias levam empresas ao fracasso. São Paulo/SP: Makron Books, 2001.
DAVIES, J.; LLUBERAS, R.; SHORROCKS, A. Credit Suisse. Global Wealth Report, 2015.
DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Pioneira Thomson, 2003.
DUBIEL, A.; ERNST, H. Success factors of new product development for emerging markets. In: KAHN, K.; KAY, S. E.; GIBSON, G.; URBAN, S. (eds.). The PDMA handbook of new product development, 3 ed. New York: John Wiley & Sons, 2013. (p.100-114)
ERNST, H.; KAHLE, H.N.; DUBIEL, A.; PRABHU, J.; SUBRAMANIAM, M. The antecedentes and consequences of affordable value innovations for emerging markets. Journal of Product Innovation Management, v.32, n. 1, p.65-79, 2015.
FAGERBERG, J.; SRHOLEC, M.; VERSPAGEN, B. Innovation and Economic Development. In: HALL, B. H.; ROSENBERG, N.; van den BERGH, J. C. (Eds.). Handbook of the Economics of Innovation, v. 2, p. 833-872, 2010.
FILARDI, F.; TRINTA, J. L.; CARVALHO, B. Características do Consumo de Beleza na Base da Pirâmide: Análise da Percepção dos Participantes do Mercado. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, v. 8, n. 2, p. 123-153, 2015.
FORBES, N.; WIELD, D. From followers to leaders. London: Routledge, 2002.
FREEMAN, C.; SOETE, L. The economics of industrial innovation. 3ª ed., London: Pinter, 1997.
FREITAS, I.; CARVALHO, D. E. O aumento no acesso à internet por jovens da base da pirâmide no Brasil e suas particularidades. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, v. 4, n. 2, p. 132-163, 2012.
GUPTA, A. Innovations for the poor by the poor. International Journal of Technological Learning, Innovation and Development, v. 5, n. 1/2, p.28-39, 2012.
GUPTA, V.; KHILJI. S.E. Revisiting fortune at base of the pyramid (BoP). South Asian Journal of Global Business Research, v. 2, n. 1, p. 8-26, 2013.
HALL, J.; MATOS, S.; SHEEHAN, L.; SILVESTRE, B. Entrepreneurship and Innovation at the Base of the Pyramid: A Recipe for Inclusive Growth or Social Exclusion? Journal of Management Studies, v. 49, n. 4, p. 785-812, 2012.
HAMMOND, A.L.; KRAMER, W.J.; KATZ, R.S.; TRAN, J.T.; WALKER, C. The Next 4 Billion: Market Size and Business Strategy at the Base of the Pyramid. Washington/DC: World Resources Institute, 2007.
HART, S. Capitalism at the crossroads: The unlimited business opportunities in solving the world’s most difficult problems. Upper Saddle River, NJ: Wharton School Publishing, 2005.
HART, S. Taking the green leap to the base of the pyramid. In: LONDON, T.; HART, S. (eds.). Next generation business strategies for the base of the pyramid: New approaches for building mutual value, Upper Saddle River, NJ: FT Press, 2010 (p.79-102).
HART, S.; CHRISTENSEN, C.M. The great leap: Driving innovation from the base of the pyramid. MIT Sloan Management Review, v. 44, n. 1, p. 51-56, 2002.
HART, S.; LONDON, T. Developing native capability. Stanford Social Innovation, v. 3, n.2, p. 28-33, 2005.
HEIJ, C., et al. Econometric methods with applications in business and economics. New York: Oxford, 2004.
HEMAIS, M.W.; CASOTTI, L.M.; ROCHA, E.P.G. Hedonismo e moralismo: consumo na base da pirâmide. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 53, n. 2, p. 199-207, 2013.
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro/RJ: Campus, 2005.
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. Value Innovation: The Strategic Logic of High Growth. Harvard Business Review, p. 103-112, January-February, 1997.
KOLK, A.; RIVERA-SANTOS, M.; RUFIN, C. R. Reviewing a Decade of Research on the "Base/Bottom of the Pyramid" (BoP) Concept. Business & Society, v.53, n.3, p.338-377, 2014.
KOLK, A.; Van TULDER, R. International business, corporate social responsibility and sustainable development. International Business Review, v. 19, p. 119-125, 2010.
LACERDA, K. L. C.; MACHADO, A. G. C. Habilitadores de Inovação para a Base da Pirâmide. Revista de Ciências da Administração, v.21, n. 53, p. 39-56, Abril. 2019.
LAKSHMAN, C. Corporate social responsibility through knowledge leadership in India: ITC Ltd and Y.C. Deveshwar. Asian Business and Management, v. 8, n. 2, p. 185-203, 2009.
LARANJA, M. D.; SIMOES, V. C.; FONTES, M. Inovação Tecnológica: experiências das empresas portuguesas. Lisboa: Texto Editora, 1997.
LEE, Y.; LIN, B.W.; WONG, Y.Y.; CALANTONE, R. J. Understanding and managing international product launch: A comparison between developed and emerging markets. Journal of Product Innovation Management, v. 28, n. 1, p. 104-120, 2011.
LONDON, T.; HART, S. L. Reinventing strategies for emerging markets: Beyond the transnational model. Journal of International Business Studies, v.35, p. 350-370, 2004.
LUNDVALL, B.; VANG, J.; CHAMINADE, C. Innovation system research and developing countries. In: LUNDVALL, B. (Ed.) Handbook of Innovation System and Developing Countries. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2009.
MANUAL DE OSLO. Guidelines for collecting and interpreting innovation data. 3º ed. Paris: OECD, 2005.
MOURA, E. O.; MACHADO, A. G. C.; BISPO, M. S. O microcrédito como fomentador de uma infraestrutura comercial voltada para a base da pirâmide: o caso do programa empreender bananeiras. Gestão & Conexões, v. 4, n. 2, p. 84-104, 2015.
NOGAMI, V. K. C.; CARVALHO, D. D.; TOLEDO, G. L.; VELOSO, A. R.; GOUVÊA, M. A. Intensidade e Adoção da Inovação no Mercado da Base da Pirâmide: um Estudo com Produtos Eletrodomésticos. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, v.7, n.1, p. 33-56, 2015.
OLIVEIRA, G. M.; MACHADO, A. G. C. Inovação em serviços para a base da pirâmide no setor varejista. Revista Ciências Administrativas, v. 22, n. 2, p. 423-450, 2017.
PANSERA, M.; OWEN, R. J. Framing resource-constrained innovation at the ‘bottom of the pyramid’: insights from an ethnographic case study in rural Bangladesh. Journal Technological Forecasting & Social Change, v.92, p.300-311, 2015.
PEREIRA, C. B., MORAES S. G. Como a tecnologia de informação está transformando o desenvolvimento de novos produtos. SemeAd, 3, São Paulo/SP, Anais… São Paulo/SP: FEA-USP, 1998 (CD-room).
PRAHALAD, C. K. Bottom of the pyramid as a source of breakthrough innovations. Journal of Product Innovation Management, v. 29, n. 1, p. 6-12, 2012.
PRAHALAD, C.K. A riqueza na base da pirâmide: erradicando a pobreza com lucro. Porto Alegre: Bookman, 2010.
PRAHALAD, C. K. The fortune at the bottom of the pyramid: Eradicating poverty through profits. Upper Saddle River, NJ: Wharton School Publishing, 2005.
PRAHALAD, C. K.; HART, S. L. The fortune at the bottom of the pyramid. Strategy and Business, v. 26, n. 1, p. 1-14, 2002.
PRAHALAD, C. K.; HART, S. L. The fortune at the bottom of the pyramid. Estratégia e Negócios, Florianópolis, v. 1, n. 2, p.1-23, jul./dez. 2008.
PRAHALAD, C.K.; HAMMOND, A. Serving the world’s poor profitably. Harvard Business Review, v.80, n.9, p.4-11, 2002.
RABINO, S. The bottom of the pyramid: an integrative approach. International Journal of Emerging Markets, v. 10, n.1, p. 2-15, 2015.
REIS, D. R. Gestão da Inovação Tecnológica. São Paulo: Manole, 2003.
RICART, J. E.; ENRIGHT, M. J.; GHEMAWAT, P.; HART, S. L.; KHANNA, T. New frontiers in international strategy. Journal of International Business Studies, v. 35, p. 175-200, 2004.
ROCHA, A. R.; ROCHA, A. Consumidores da base da pirâmide e as restrições ao lazer. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 6, n. 2, p. 1-13, 2012.
SCANNEL, T. V.; VICKERY, S. K.; DRÖGE, C. L. Upstream Supply Chain Management and Competitive Performance in the Automotive Supply Industry. Journal of Business Logistics, v.21, n. 1, p. 23-48, 2000
SCHUMPETER, J.A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961.
SCHUSTER, T.; HOLTBRÜGGE, D. Market entry of multinational companies in markets at the bottom of the pyramid: A learning perspective. International Business Review, v. 21, p. 817-830, 2012.
SCHUSTER, T.; HOLTBRÜGGE, D. Resource Dependency, Innovative Strategies, and Firm Performance in BoP Markets. Journal of Product Innovation Management, v.31, n.1, p.43-59, 2014.
SILVA, D.; GARCIA, M.N.; FARAH, O.E. Métodos quantitativos de pesquisa em marketing. IN: PIZZINATTO, N.K.; FARAH, O.E. Pesquisa pura e aplicada para marketing. São Paulo: Atlas, 2012.
SIMANIS, E.; HART, S.; DUKE, D. The base of the pyramid protocol: Beyond ‘Basic Needs’ business strategies. Innovations, v.3, n.1, p. 57-84, 2008
SILVA, J. T., Jr.; GONÇALVES, S. M. S.; CALOU, A. L. Avaliando experiências de gestão social: os impactos do Banco Palmas para o desenvolvimento do território nos últimos 10 anos (1998-2007). Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração - ENANPAD, 32, Rio de Janeiro/RJ, Anais... Anpad, Rio de Janeiro/RJ, 2008.
SILVA, M. E.; BALBINO, D. P.; GÓMEZ, C. P. Consumo sustentável na base da pirâmide: definindo papéis e obrigações para a efetivação do desenvolvimento sustentável. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 5, n. 2, art. 2, p. 18-33, 2011.
SILVA, R. L. M.; ORSIOLLI, T. A. E.; SIMON, F. Inter-Relação entre Empreendedorismo Sustentável e a Base da Pirâmide: Estudo de Caso na Região Amazônica. Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE, v. 7, n. 3, p. 17-33, 2016.
SILVA, R. L. da.; NOBRE, F. S.; ORSIOLLI, T. A. E. Empresas atuantes na base da pirâmide e suas contribuições para a sustentabilidade: quadro de análise e evidências empíricas. Cad. EBAPE.BR, v.16, n.2, Rio de Janeiro, Abr./Jun. 2018.
SPERS, R. G.; NAKANDAKARE, L. T. Geração de renda e educação na Base da Pirâmide Populacional: um estudo no município de São Paulo. Revista de Ciências da Administração, v. 15, n. 37, p. 52-64, 2013.
SPERS, R. G.; WRIGHT, J. T. C. Uma análise das dimensões estratégicas críticas para a internacionalização das empresas brasileiras nos mercados de base da pirâmide (BoP) globais. Brazilian Business Review, v. 10, n. 2, p. 26-50, 2013.
SUBRAHMANYAN, S.; GOMEZ-ARIAS, J. T. Integrated approach to understanding consumer behavior at bottom of pyramid. Journal of Consumer Marketing, v.25, n.7, p.402-412, 2008.
VIEIRA, E.M.; PEREZ, G.; FREIRE, C.A.T.; CHAVES, L.A.; LUZ, R.M. Gestão da inovação nos setores de biotecnologia e biomedicina: um estudo exploratório. In: Simpósio de Inovação Tecnológica, 25, 2008, Anais…. Brasília, ANPAD, 2008.
ZILBER, S. N.; SILVA, F. L. da. Estratégias das grandes empresas para o mercado brasileiro da base da pirâmide. Economia Global e Gestão, Lisboa, v. 15, n. 2, p. 25-50, set. 2010.
YAMASHITA, A. P.; REGO, R. A. Bancos e microfinanças: lucro e inclusão social no atendimento do mercado da base da pirâmide. Interface - Revista do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, v. 6, n. 1, art. 7, p. 100-113, 2009.
YANG, Y.; WANG, Q.; ZHU, H.; WU, G. What are the effective strategic orientations for new product success under different environments? An empirical study of Chinese businesses. Journal of Product Innovation Management, v. 29, n. 2, p. 166-179, 2012.
YUNUS, M. Creating a World Without Poverty: Social Business and the Future of Capitalism: Public Affairs, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. RCA reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista RCA passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Os autores cedem à RCA os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Esta licença permite que qualquer usuário tenha direito de:
Compartilhar – copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar – remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado (citar e referenciar), prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante apoiar você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais – Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
