Projeto Eratóstenes Brasil: autonomia docente em atividades experimentais de Astronomia
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2017v34n1p6Resumo
Resultados de pesquisas apontam para o uso das atividades experimentais no ensino de Ciências como uma das estratégias mais eficientes para despertar o interesse e a dedicação do aluno. Uma das importantes considerações sobre as atividades experimentais é a de que não há contribuição efetiva na utilização de kits com roteiros prontos, procedimentos fechados e mensuração de resultados experimentais esperados, uma vez que impede a autonomia do professor e do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Especificamente sobre a Educação em Astronomia, as investigações mostram a importância de se levar em conta a componente observacional e prática desta ciência. É nesta linha que nossa questão de investigação foi estruturada: quais elementos subsidiam a construção da autonomia docente na elaboração e execução de atividades experimentais de maneira a contribuir efetivamente no ensino de Astronomia? Desenvolvemos esta pesquisa no contexto do Projeto Eratóstenes Brasil, por meio da análise dos discursos de um grupo de professores participantes deste projeto desde 2010. Nossos resultados revelam a predominância de uma prática voltada para um modelo formativo engessado numa abordagem essencialmente conteudista e sob a racionalidade técnica, com poucos elementos contribuintes à construção da autonomia do trabalho docente. Por outro lado, uma análise do histórico do Projeto Eratóstenes e das atividades desenvolvidas por alguns de seus participantes sob modelos formativos com abordagens mais reflexistas e críticas indicam potencialidades com relação ao desenvolvimento de elementos que possam capacitar esses profissionais a exercerem com autonomia a sua profissão, ao elaborar e aplicar atividades experimentais não estruturadas no ensino interdisciplinar de Astronomia.
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