A escola tem que discutir; a família que deve orientar: as escolas rio-grandinas e as questões de gênero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2021e78100

Resumo

O presente estudo se propôs a averiguar o tratamento dado a temática gênero em escolas da cidade de Rio Grande – RS, assim como, identificar o posicionamento dos professores e professoras sobre a temática gênero ser trabalhada nessas instituições. Os sujeitos participantes dessa pesquisa foram professores e professoras de Educação Física e alunos e alunas do 9° ano do ensino fundamental, os quais contribuiram, respectivamente, através dos seguintes instrumentos de coleta: entrevista semiestruturada e questionário. Percebemos que a instituição escola não é um campo neutro, pois ela ainda é um espaço que internaliza os preceitos que estruturam a sociedade, reforçando binarismos. Identificamos que às questões que envolvem gênero não são uma temática muito recorrente nas escolas investigadas, sendo que os professores e as professoras têm distintas percepções sobre essa ser tratada nas escolas e nas aulas de Educação Física, resultando em dois grupos: os pró-discussão e os contra discussão.

Biografia do Autor

Thais Mortola Dias, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Giovanni Felipe Ernst Frizzo, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Doutorado em Ciências do Movimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

 

Referências

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Publicado

2021-05-26

Como Citar

Dias, T. M., & Frizzo, G. F. E. . (2021). A escola tem que discutir; a família que deve orientar: as escolas rio-grandinas e as questões de gênero. Motrivivência, 33(64), 1–19. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2021e78100

Edição

Seção

Artigos Originais