Pandemia, trabalho em frigoríficos e cultura de direitos
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2023.e91254Palavras-chave:
Trabalho, Covid-19, JustiçaResumo
O artigo se propo?e a analisar significados atribui?dos por sindicalistas e mediadores do Direito a? mobilizac?a?o por direitos a? sau?de no setor de frigori?ficos do Brasil, em especial no estado do Rio Grande do Sul, durante o ano de 2020, diante da pandemia de Covid-19. O setor de frigori?ficos, pelas caracteri?sticas de sua linha de produc?a?o, foi especialmente vulnera?vel a? contaminac?a?o pelo vi?rus SARS-CoV-2. No Brasil, a eclosa?o da pandemia coincidiu com um processo de intensa desregulac?a?o do trabalho, intensificada por uma reforma trabalhista em 2017 que modificou profundamente as relac?o?es de trabalho. Em meio a esse momento de colapso sanita?rio, desregulac?a?o e intensificac?a?o do trabalho, sindicatos e Ministe?rio Pu?blico do Trabalho (MPT) tentaram colocar limites ao risco crescente vivido por trabalhadores e trabalhadoras na linha de produc?a?o, buscando estabelecer e regular rotinas como uso de ma?scaras, testagens, distanciamento entre os/as opera?rios/as. O artigo analisa os significados atribui?dos por estes sujeitos ao momento de intensa pressa?o do qual foram protagonistas, compreendendo-os a partir de um vie?s histo?rico, como parte de um processo de longa durac?a?o, que imbricou profundamente os sindicatos e tambe?m o MPT na defesa de uma cultura de direitos construi?da ao longo do se?culo 20 no Brasil.
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