“Esse canto que devia ser um canto de alegria, soa apenas como um soluçar de dor” — Free and enslaved workers in Rio de Janeiro (1830-1880)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2022.e82386

Keywords:

Earth’s circular motion, Moon’s circular motion, Moon’s total eclipse

Abstract

The Empire of Brazil was born with the reinforcement of the enslavement of men and women and in the following decades it saw an increase in the number of free workers, mainly in the Court. The construction of legislation that tried to organize work, in addition to limiting the actions of enslaved people in the streets, such as municipal postures, and the organization of free workers for rights at work are the themes of this text, whose motto is the song “Canto das three races”. If all workers sing a sob of pain, we will discuss the different meanings of freedom and the problems that involved some trades, in addition to the comparison between free and enslaved workers and the hierarchies between them, beyond the difference in legal status. The typographers are the privileged category in this text as they published some class newspapers, between the years 1858 and 1872, disseminating their ideas about work, low pay and comparisons with slavery. While the streets of the city were occupied by slaves who could sing to lighten their work, the free, mainly the typographers, had a space in the newspapers for complaints against the prisons they claimed to be suffering from. The sobbing of pain at work is the common point of workers in the Empire of Brazil.

Author Biography

Renata Figueiredo Moraes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutora em História pela PUC-Rio. Professora de História do Brasil no Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

References

ARAÚJO, Carlos. Entre dois cativeiros: Escravidão urbana e sistema Prisional no Rio de Janeiro, 1790-1821. In: MAIA, Clarissa [et. al]. História das Prisões no Brasil. Volume 1. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

ARIZA, Marília Bueno de Araújo. Comprando brigas e liberdade: contratos de locação de serviços e ações de liberdade na província de São Paulo nas últimas décadas da escravidão (1874-1884). In: MACHADO, Maria Helena P. T.; CASTILHO, Celso Thomas (org.). Tornando-se livre: agentes históricos e lutas sociais no processo de abolição. São Paulo: Editora da USP, 2015.

CHALHOUB, Sidney. A força da Escravidão. Ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim. O cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1986.

CHAZKEL, Amy. A vida noturna e o poder municipal no Rio de Janeiro oitocentista. In: TERRA, Paulo Cruz; MAGALHÃES, Marcelo; ABREU, Martha. Os poderes municipais e a cidade. Império e República. Rio de Janeiro: Mauad X, 2019.

CHAZKEL, Amy. O lado escuro do poder municipal: a mão de obra forçada e o toque de recolher no Rio de Janeiro Oitocentista. Revista Mundos do Trabalho, v. 5, n. 9, 2013.

FARIA, Eduardo. Novo dicionário da língua portuguesa. 4 ed. Rio de Janeiro: Typographia Imperial e Constitucional de J. Villeneuve e C. 1859.

FARIAS, Juliana Barreto. Ardis da liberdade: trabalho urbano, alforrias e identidades. In: SOARES, Mariza (org.). Rotas Atlânticas da diáspora africana. Da Baía do Benin ao Rio de Janeiro. Niterói: EDUFF, 2011.

FRANCO, Maria Sylvia. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo: Unesp, 1997.

HOLLOWAY, Thomas H. Polícia no Rio de Janeiro. Repressão e resistência numa cidade do século XIX. Rio de Janeiro: FGV, 1997.

HOLLOWAY, Thomas. O Calabouço e o Aljube do Rio de Janeiro no século XIX. In: MAIA, Clarissa [et. al]. História das Prisões no Brasil. Volume 1. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

JEHA, Silvana. Ganhar a vida. Uma história do barbeiro africano Antonio José Dutra e sua família. Rio de Janeiro, século XIX. Revista História, São Paulo, n. 176, 2017.

LAMOUNIER, Maria Lucia. Formas da transição da escravidão ao trabalho livre: a lei de locação de serviços de 1879. 1986. Dissertação (Mestrado) — UNICAMP, Campinas, SP, 1986.

LARA, Silvia Hunold. Escravidão, cidadania e História do trabalho no Brasil. Projeto História, n. 16, 1998.

LARA, Silvia Hunold. Fragmentos setecentistas. Escravidão, cultura e poder na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das letras, 2007.

LARA, Silvia; PACHECO, Gustavo (org.). Memória do jongo. As gravações históricas de Stanley Stein, Vassouras, 1949. Rio de Janeiro: Folha Seca; Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

LIMA, Henrique Espada. Trabalho e lei para os libertos na ilha de Santa Catarina no século XIX: arranjos e contatos entre a autonomia e a domesticidade. Cadernos AEL, v. 14, n. 26, 2009.

LIMA, Henrique. No Baú de Augusto Mina: o micro e o global na História do Trabalho. Topoi, v. 16, n. 31, p. 571-595, 2015.

LIMA, Henrique. Sob o domínio da precariedade: a escravidão e os significados da Liberdade de trabalho no século XIX. Topoi, v. 6, n. 11, p. 289-326, 2005.

LONER, Beatriz. Experiências e convivências de ex-escravos nas lutas operárias. In: ABREU, Martha [et. al]. Histórias do pós-abolição no mundo atlântico: identidades e projetos políticos. Vol. 2. Niterói: Eduff, 2014.

MATTOS, Hebe. Racialização e cidadania no Império do Brasil In: CARVALHO, José Murilo de, NEVES, Lúcia M. Bastos P. das (org.). Repensando o Brasil do oitocentos: cidadania, política e liberdade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

MENDONÇA, Joseli Maria Nunes. Leis para ‘os que irão buscar’ — imigrantes e relações de trabalho no século XIX Brasileiro. História: Questões e debates, Curitiba, n. 56 p. 63-85, 2012.

POPINIGIS, Fabiane. Maria mina e as disputas pelo mercado de trabalho em Desterro, século XIX. Revista de história comparada, v. 7, n. 1, 2013.

REIS, João José. A greve negra de 1857 na Bahia. Revista USP, n. 18, 1993.

REIS, João José. Ganhadores. A greve negra de 1857 na Bahia. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

SOUZA, Juliana. As câmaras municipais e os trabalhadores no Brasil Império. Revista Mundos do Trabalho, v. 5, n. 9, p. 11-30, 2013.

TERRA, Paulo. Câmaras Municipais no Império: as posturas municipais do Rio de Janeiro sobre o trabalho (1830-1838). In: TERRA, Paulo Cruz; MAGALHÃES, Marcelo; ABREU, Martha (org.). Os poderes municipais e a cidade. Império e República. Rio de Janeiro: Mauad X, 2019.

TERRA, Paulo. Cidadania e trabalhadores: cocheiros e carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906). Rio de Janeiro: Prefeitura do Rio. AGCRJ, 2013.

TERRA, Paulo. Trabalhadores escravizados e livres na Legislação municipal (Rio de Janeiro, século XIX). In: PESTANA, Marco; MAUL, Rafael; BERNARDO, Tiago (org.). Subalternos em movimento. Mobilização e enfrentamento à dominação no Brasil. Rio de Janeiro: Consequência, 2017.

VITORINO, Arthur. Os sonhos dos tipógrafos na Corte Imperial Brasileira. In: BATALHA, Claudio Henrique de Moraes; SILVA, Fernando Teixeira da; FORTES, Alexandre (org.). Culturas de classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.

VITORINO, Arthur. Máquinas e operários. Mudança técnica e sindicalismo gráfico (São Paulo e Rio de Janeiro, 1858-1912). São Paulo: Annablume: FAPESP, 2000.

VITORINO, Arthur. Escravismo, proletários e a greve dos compositores tipográficos de 1858 no Rio de Janeiro. Cadernos do AEL, v. 6, n. 10/11, 1999.

Published

2022-03-11

How to Cite

MORAES, Renata Figueiredo. “Esse canto que devia ser um canto de alegria, soa apenas como um soluçar de dor” — Free and enslaved workers in Rio de Janeiro (1830-1880). Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 14, p. 1–19, 2022. DOI: 10.5007/1984-9222.2022.e82386. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/82386. Acesso em: 18 may. 2024.

Issue

Section

Artigos

Similar Articles

You may also start an advanced similarity search for this article.