Os grêmios estudantis em escolas municipais de Florianópolis: entre a tutela e a auto-organização
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2025.e101009Palavras-chave:
Auto-organização, Grêmio estudantil, Educação fundamental, Escola, Trabalho docenteResumo
Este artigo discute o processo de constituição dos Grêmios Estudantis em escolas municipais de Florianópolis. Nos dedicamos a compreender o processo de construção do Movimento Estudantil na Educação Fundamental, suas formas de organização e o trabalho de acompanhamento docente. Foi realizada pesquisa em duas escolas por meio de entrevistas com estudantes e professores, observações e análises de documentos. O suporte teórico vem das perspectivas críticas de análise da escola burguesa (Enguita, Snyders e Freitas) e das experiências soviéticas de auto-organização estudantil (Pistrak e Shulgin). Concluímos que os Grêmios da Rede Municipal de Florianópolis expressam diferentes perspectivas e contradições, em especial uma vertente burocratizada e tutelada de Movimento Estudantil e outra de efetiva construção da auto-organização. Observamos que a organização dos estudantes é profundamente educativa e tem potencial de reorganizar as relações na escola quando tem por base a perspectiva emancipatória. Para isto precisa ter por base a realidade concreta dos estudantes e necessita da orientação dos educadores compromissados com a construção da autonomia estudantil.
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