A educação profissional dos jovens e a modernidade brasileira no início do século XX
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e65240Resumo
Apresentam-se, neste artigo, os resultados de um estudo histórico-documental que analisou a nova conjuntura social, política e econômica exigida pelo processo de modernização em curso no Brasil Republicano e a educação profissional diante do acirramento das relações de poder, no contexto da Primeira República. Teve como objetivo investigar os nexos constitutivos das relações entre a educação profissional destinada aos jovens e os processos sociais nas primeiras décadas do século XX. A atuação do Estado voltada para a educação dos jovens se configurou como um instrumento de formação de novas subjetividades para um novo tipo de trabalho que se constituía e como uma forma de controle social sobre a população empobrecida. Expressão da “modernização conservadora”, a educação propunha aos jovens a inserção social enquanto os subjugava às relações econômicas impostas na trilha do capitalismo que se estabelecia.
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