Cartas para quem ousa ensinar Ciências: correspondências e vivências na Formação Inicial de professores
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2021.e66164Resumo
Estudos envolvendo o papel da linguagem na Educação em Ciências demonstram a relevância de se produzir e desenvolver estratégias de ensino e formação de professores que ampliem a relação dos sujeitos com os conceitos desenvolvidos, por meio da ampliação de atividades de leitura e escrita diversas. Nessa pesquisa, foram utilizados como referenciais de análise alguns constructos teóricos da Análise de Discurso de Pêcheux (2011) e Orlandi (2009, 2008, 1998, 1996) e, como referencial educacional Paulo Freire (1993, 1988) e Pimenta (2005, 1999). É dessa necessidade de pensar a prática, a partir dela e com ela, que buscamos compreender os objetos discursivos (referentes) que se produziram nas interlocuções entre estudantes de duas universidades distintas e que frequentavam as disciplinas de Estágio Supervisionado em Ensino de Ciências e de Metodologia de Ensino de Ciências da Natureza. O corpus selecionado para a análise envolveu seis correspondências trocadas por um dos pares de interlocutores, denominados E5 e Grupo Constelação. Ao resgatar as correspondências dos estudantes, durante o processo de análise do corpus selecionado, observamos que elas materializaram sentidos sobre o Estágio Supervisionado e a docência em Ciências. Além disso, a qualidade das interlocuções demonstrou que os espaços e momentos de diálogo, na formação inicial de professores, devem ser ampliados, bem como nos fez refletir sobre a ação docente universitária, contribuindo com a qualificação das práticas pedagógicas e com a produção de conhecimentos para a área de Ensino de Ciências
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