A educação infantil e a pedagogia dos multiletramentos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2021.e68005Resumo
Esta pesquisa, de cunho qualitativo, tem como objetivo analisar as contribuições da Pedagogia dos Multiletramentos em uma escola municipal de Uberaba-MG tendo em vista a relevância da formação continuada de professores como norteadora do uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) na Educação Infantil. Buscamos responder à seguinte questão: Quais as contribuições da Pedagogia dos Multiletramentos em uma escola de Educação Infantil e o papel da formação continuada de professores frente à ascensão dessa pedagogia? Para a coleta de dados dos 14 (quatorze) professores participantes utilizamos entrevista por meio de questionário e realizamos oficinas em grupo. Para discussão dos dados, usamos a análise de conteúdos por meio da análise categorial. Como resultados destacamos a colaboração da pesquisa para reflexões acerca da Pedagogia dos Multiletramentos, permitindo a valorização e inserção das TDIC nas turmas de Educação Infantil, desenvolvendo um olhar crítico quanto à utilização dessa pedagogia no contexto escolar.
Referências
ALMEIDA, M. E. B. Tecnologia na Escola: criação de redes de conhecimento. Série “Tecnologia na Escola”. Programa Salto para o Futuro, nov. 2001.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BRASIL. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 16/7/1990, p.13.563. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. Acesso em: 10 set. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Brasília, DF, 1993.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 4. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, volume 3, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à educação. Brasília, DF: MEC/SEB, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação – MEC. Diretrizes curriculares para Educação Infantil. Brasília: MEC, 2010.
BRASIL. Lei n.° 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 abr. 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 1º jul. 2018.
BRASIL. Emenda constitucional n.° 59, de 11 de novembro de 2009. Diário Oficial da União, Brasília, 12 de novembro de 2009, Seção 1, p. 8. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm. Acesso em: 8 mar. 2018.
CASTELLS, M. A Sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultural. V.1. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
COPE, B.; KALANTZIS, M. Multiliteracies: New literacies, new learning. Pedagogies: An International Journal, Nanyang Walk, v. 4, n. 3, p. 164-195, 2009.
CORRÊA, H.T. e DIAS, D. R. Multiletramentos e usos das tecnologias digitais da informação e comunicação com alunos de cursos técnicos. 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/315896921. Acesso em: 13 dez. 2018.
FAGUNDES, L. O professor deve tornar-se um construtor de inovações – entrevista Midiativa, 2007.
FARIA, A. Tecnologias digitais no jardim de infância: comunicação, aprendizagem e desenvolvimento. 2014. Disponível em: https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/35578/1/%C3%81dila%20Ferreira%20Lopes%20de%20Faria.pdf. Acesso em: 28 jun. 2018.
FOLQUE, M. A. Educação Infantil, tecnologia e cultura. Revista Pátio, jul/set, 2011. p. 8-11.
FONTANA, F. F.; CORDENONSI, A. Z. TDIC como mediadora do processo de ensino-aprendizagem da arquivologia. Ágora, Florianópolis, v. 25, n. 51, p. 101-131, jul./dez. 2015.
FONTOURA, A. M, PEREIRA, A. T. C.; A criança e o design – aprender brincando. Publication Name: avaad.ufsc.br. Disponível em: http://www.avaad.ufsc.br/moodle/prelogin/publicarartigos/323.pdf. Acesso em: 13 dez. 2018.
GOMES, S. dos S. Formação de Professores e Letramento Digital. In: Núcleo Pr@xis. Anais Ciclo de Palestras: Construindo Redes, Educação e Tecnologia. Relatório Prodocência UFMG/CAPES, 2012. p. 1-10.
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se a mudança e a incerteza. Tradução Silvana Cobucci Leite. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MANNARA, B. Kiddle. O 'Google das crianças', bloqueia drogas, nudez e violência. 2016. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/03/kiddle-o-google-das-criancas-bloqueia-drogas-nudez-e-violencia.html. Acesso em: 3 set. 2018.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MARTINS, P. S. New Media and Learning: Uma Proposta para uma Pedagogia dos Multiletramentos. In: Ecos de Linguagem. 2014, 161 a 185. Disponível em: http://www.dialogarts.uerj.br/admin/arquivos_ecos/ecos3_161a185.pdf. Acesso em: 10 fev. 2019.
MELLO, K.; VICÁRIA, L. Os filhos da era digital: como o uso do computador está transformando a cabeça das crianças – e como protegê-las das ameaças da internet. Revista Época, n. 486, 2008.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec/ABRASCO, 1992.
MORENO, R. R. M. “Professores Homens na Educação Infantil do Município do Rio de Janeiro: Vozes, Experiências, Memórias e Histórias”. 2017. 154f. Dissertação (Mestrado em educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
NOGUEIRA, S. C. G. Do Currículo Oficial do Estado de São Paulo ao Currículo+: o (multi) letramento digital na formação dos professores de língua inglesa do ensino médio. 2017. 246 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de São Paulo, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Guarulhos (SP).
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: Os professores e sua formação. Lisboa, Portugal: Publicações Dom Quixote/Instituto de Inovação Educacional, 1995. p. 15-33.
ORMOND, R. C. S. Uma proposta de multiletramentos através do curta-metragem A Ilha. In: GAMA, A. P. F; OLIVEIRA, A. M. S; SOUZA, F. M; GUNUTZMANN, P. Tecnologias, culturas e linguagens no universo das artes. São Carlos: Pedro & João Editores, 2016. p.35-46.
PIMENTEL, F.S.C. e COSTA, C. J. S. A. A cultura digital no cotidiano das crianças: apropriação, reflexos e descompassos na educação formal. 2018. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/index.php/educacao/article/view/4117/2854. Acesso em: 31 dez. 2018.
PEREIRA, A. R. e LOPES, R. D. Legal: Ambiente de Autoria para Educação Infantil apoiada em Meios Eletrônicos Interativos. São Paulo: 2005.
POSITIVO Tecnologia Educacional. Mesa Educacional Alfabeto. Disponível em: https://www.positivoteceduc.com.br/solucao/mesa-educacional-alfabeto. Acesso em: 28 nov. 2018.
POSITIVO. Educação Infantil: alie a tecnologia às descobertas. 2016. Disponível em: https://www.positivoteceduc.com.br/blog-na-pratica/educacao-infantil-alie-tecnologia-descobertas. Acesso em: 20 dez. 2018.
POTTER, N. Qué es un diseñador: cosas – lugares – mensajes. Barcelona: Paidós, 1999.
PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants. part 1. On The Horizon, v.9, n.5, p. 1-6, 2001. Disponível em: http://www.marcprensky.com/writing/Prensky%20-%20Digital%20Natives,%20Digital%20Immigrants%20-%20Part1.pdf. Acesso em: 12 dez. 2018.
REIS, S. C. Do discurso à prática: textualização de pesquisas sobre o ensino de inglês mediado por computador. 2010. 227p. Tese (Doutorado em Letras) – Centro de Artes e Letras, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010.
ROJO, R.; MOURA, E. (Org.) Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
ROJO, R. Pedagogia dos Multiletramentos: diversidade cultural e de linguagens na escola. In: ROJO, Roxane Helena Rodrigues; MOURA, Eduardo (Org.) Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
ROJO, R. Alfabetismo(s), letramento(s), multiletramento(s): desafios contemporâneos à Educação de Adultos. In: COSTA, R. P.; CALHAU, S. (Org.) E uma educação pro povo, tem? Rio de Janeiro: Ed. Caetés, 2010. p. 72-90.
ROJO, R. Textos multimodais. In: Glossário Ceale: Termos de Alfabetização, ROJO, R. Textos Multimodais. In: FRADE, I.C.A.S.; COSTA VAL, M.G.; BREGUNCI, M.G.C. (Org.). Glossário Ceale. 2017. Disponível em: http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/textos-multimodais. Acesso em: 10 set. 2018.
SPINK, M. J.; MEDRADO, B. Produção de sentidos no cotidiano: uma abordagem teórico-metodológica para análise das práticas discursivas. In: SPINK, M. J. P. (Org.), Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Cortez, 1999, p. 41-61.
SPINK, M. J.; MENEGON, V. M.; MEDRADO, B. Oficinas como uma estratégia de pesquisa: articulações teórico-metodológicas e de aplicações éticas-políticas. Psicol. Soc. Belo Horizonte, v. 26, n. 1, p. 32-43, abril de 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822014000100005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 set. 2018.
TAVARES, D. S. e FREITAS, C. C. Multiletramentos na formação de professores de línguas. Dossiê Multiletramentos, tecnologias e Educação a Distância em tempos atuais. In: REVELLI. 2018, p. 151-173.
THE NEW LONDON GROUP. A pedagogy of mutiliteracies: designing social futures. The Harvard educational review, v. 1 n. 66-96, 1996.
WORDART. Disponível em: https://wordart.com. Acesso em: 25 set. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Wagno da Silva Santos, Acir Mário Karwoski

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.