A ruptura com a categoria de totalidade e suas principais implicações para a pesquisa em educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e65924

Resumo

Ao buscar superar os limites das perspectivas marxista e estruturalista a denominada “agenda pós-moderna”, assentada em um relativismo ontológico e em um pragmatismo epistemológico, tem influenciado as pesquisas em educação a aderirem a um ceticismo ou relativismo teórico-metodológico que consideramos preocupante para o campo do conhecimento científico. A ruptura com a categoria de totalidade é um dos aspectos comuns entre as diferentes abordagens da agenda pós-moderna, o qual analisamos no artigo. Com base em uma pesquisa de cunho bibliográfico e nos resultados de estudos realizados pelo nosso grupo de pesquisa, analisamos as principais implicações dessa opção epistemológica para o conhecimento científico e para o campo das lutas sociais. Como resultado do estudo enfatizamos o sentido que a categoria de totalidade assume no materialismo histórico dialético e sua importância na construção do conhecimento que supere a perspectiva instrumental e utilitarista de ciência.

Biografia do Autor

Magda Gisela Cruz dos Santos, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas na linha de Filosofia e História da Educação e Mestre em Educação pelo mesmo programa. Graduada em Ciências Sociais (bacharelado e licenciatura) pela Universidade Federal de Pelotas. Integrante dos Grupos de Pesquisa Educação Popular e Movimentos Sociais (MovSE) da Universidade Federal de Pelotas e Trabalho, Movimentos Sociais e Educação (TRAMSE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Possui experiência na área de Educação, principalmente em relação aos temas: políticas públicas, trabalho e educação, educação popular, formação integral,  movimentos sociais, escola pública e Educação do Campo. Foi pesquisadora no Projeto Observatório da Educação do Campo em seu núcleo no Estado do Rio Grande do Sul (CAPES/INEP). Atuou como professora da Educação Básica, coordenadora pedagógica e supervisora de estágio na rede pública estadual e municipal de Pelotas.

Paulo Eduardo Dias Taddei, Universidade Federal de Pelotas

Graduado em Direito, Especialista em Direito Ambiental, Mestre em Educação e doutorando em Educação, todos pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Licenciado em Filosofia pela Claretiano Rede de Educação. Advogado. Professor Especial Convidado da Faculdade UNILAS para os cursos de especialização em a) Gestão de Pessoas; b) Serviço Social e c) Supervisão e Gestão Educacional. 

Vanessa Golçalves Dias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora, licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande (2011). Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul é mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pelotas na Linha História e Filosofia da Educação (2014). Foi pesquisadora no Projeto Observatório da Educação do Campo em seu núcleo no Estado do Rio Grande do Sul (CAPES/INEP). É integrante dos Grupos de Pesquisa: Trabalho, Movimentos Sociais e Educação (TRAMSE/UFRGS); Educação Popular e Movimentos Sociais (MoVse/UFPel). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Trabalho e Educação em espaço formal e não formal, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Popular, Movimentos Sociais, Autogestão, Formação de Professores e Educação do Campo.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Santos, M. G. C. dos, Taddei, P. E. D., & Dias, V. G. (2020). A ruptura com a categoria de totalidade e suas principais implicações para a pesquisa em educação. Perspectiva, 38(4), 1–13. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e65924