Regulated body: socio-emotional skills and (in)visible sexualities in the Common National Curriculum Base
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2024.e98882Keywords:
Sexuality, Competence, School and educational psychologyAbstract
This study discusses the National Common Curriculum Base as a device that approximates education and market — evinced by its praise of the notion of socio-emotional skills — and regulates difference — as per its deletion of gender and sexual orientation in its text. The process of writing/experimenting this study as an operation of thought configures a methodological path that began by investigating the National Common Curriculum Base and the bibliography, creating spaces for (re)readings and problematizations, with intersectionality as a methodology that interrogates concepts, situating them in the production of social markers of difference. We transversalize school and educational psychology based on a critical perspective and decolonial studies as epistemologies that converge to (re)construct education as a human right. We dimension the Base as a coalition of conservative forces (market and moral) that engenders a mechanism that represents and synthesizes an educational policy that the interweaves socio-emotional skills and sexual and gender diversity to captured, in the game of talk/silence and show/erase, the possibilities of existence by sexist, misogynist, heterocentric, racist, ableist, homophobic, transphobic, and xenophobic logics. Psychology in interface with education is challenged to address the disputes and contradictions in the context of the current neoliberal and ultrareactionary advances on school and resistance movements and the creation of more plural, egalitarian, and just modes of existence in the task of forming democratic subjects and contributing to the democratization of scientific knowledge, making it a power for marginalized populations.
References
ANPED — ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO. ANPEd e a BNCC: luta, resistência e negação. Rio de Janeiro: Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação, 2018. Disponível em: https://www.anped.org.br/content/anped-e-bncc-luta-resistencia-e-negacao. Acesso em: 20 abr. 2024.
ANTUNES, M. A. M. Psicologia Escolar e Educacional: história, compromissos e perspectivas. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 469-475, dez. 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-85572008000200020
BALL, S. J. Vozes/redes políticas e um currículo neoliberal global. Espaço do Currículo, João Pessoa, v. 3, n. 1, p. 485-498, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec. Acesso em: 20 abr. 2024.
BARROS, A. L. de A. Educar para continências ou para contingências? Práticas e sentidos de cidadania na escola cívico-militar. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2021. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/21445. Acesso em: 20 abr. 2024.
BONAMIGO, S. I. Violências e contemporaneidade. Revista Katálysis, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 204-213, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-49802008000200006
BRASIL [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2016. 496 p. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 20 abr. 2024.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 134, n. 248, p. 1, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 20 abr. 2024.
BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 151, n. 120-A, p. 1, 26 jul. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 20 abr. 2024.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017a. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 20 abr. 2024.
BRASIL. Resolução CNE/CP n. 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 41-44, 22 dez. 2017b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79631-rcp002-17-pdf&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 20 abr. 2024.
BRASIL. Lei n. 13.935, de 11 de dezembro de 2019. Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 240, p. 7, 12 dez. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13935.htm. Acesso em: 20 abr. 2024.
CAMPANHA NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO. ONU se manifesta contra o “Escola Sem Partido” e cita mudanças na Base Curricular. Brasília, DF: Undime, 2017. Disponível em: https://undime.org.br/noticia/13-04-2017-14-49-onu-se-manifesta-contra-o-escola-sem-partido-e-cita-mudancas-na-base-curricular. Acesso em: 20 abr. 2024.
CORTI, A. P. Ensino Médio: entre a deriva e o naufrágio. In: CÁSSIO, F. (org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019. p. 47-52.
DUSSEL, E. Transmodernidade e interculturalidade: interpretações a partir da filosofia da libertação. Revista Sociedade e Estado, Brasília, DF, v. 31, n. 1, p. 51-73, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100004
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
FRIGOTTO, G. (org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2017.
GOMES, N. L. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, [s. l.], v. 12, n. 1, p. 98-109, 2012. Disponível em: https://www.curriculosemfronteiras.org/vol12iss1articles/gomes.htm. Acesso em: 20 abr. 2024.
GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, Brasília, DF, v. 31, n. 1, p. 25-49, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/s0102-69922016000100003
HAN, B-C. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas do poder. Tradução Maurício Liesen. Belo Horizonte: Ayiné, 2018.
JUNQUEIRA, R. D. A “ideologia de gênero” existe, mas não é aquilo que você pensa. In: CÁSSIO, F. (org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019. p. 135-140.
KRAWCZYK, N.; ZAN, D. Os professores gritam socorro e o governo, resiliência. Universidade à Esquerda, [s. l.], 2021. Coluna Nora Krawczyk. Disponível em: https://universidadeaesquerda.com.br/coluna/os-professores-gritam-socorro-e-o-governo-resiliencia/#_ftn1. Acesso em: 20 abr. 2024.
LARROSA, J. B.; CARDARELLO, C. G. L.; FISCHER, R. M. B. A operação ensaio: sobre o ensaiar e o ensaiar-se no pensamento, na escrita e na vida. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 29, n. 1, p. 27-43, 2004. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/257437. Acesso em: 20 abr. 2024.
MEIRA, M. E. M. Construindo uma concepção crítica de Psicologia Escolar: contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica e da Psicologia SocioHistórica. In: MEIRA, M. E. M.; ANTUNES, M. A. M. (org.). Psicologia escolar: teorias críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 13-77.
MORENO, J. C. História na Base Nacional Comum Curricular: Déjà vu e novos dilemas no século XXI. História & Ensino, Londrina, v. 22, n. 1, p. 7-27, 2016. DOI: https://doi.org/10.5433/2238-3018.2016v22n1p07
MOUNTIAN, I. Reflexões sobre metodologias críticas em pesquisa: interseccionalidade, reflexividade e situacionalidade. Psicologia Política, São Paulo, v. 17, n. 40, p. 454-469, 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1519-549X2017000300005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 20 abr. 2024.
NUNES, C. Estado, educação e economia no Brasil: matrizes histórico-políticas dos projetos atuais em disputa, a Pedagogia das Competências e Habilidades versus a Pedagogia do Direito à Educação e dos Direitos de Aprendizagem. Revista Exitus, Santarém, v. 11, n. 1, p. 1-39, 2021. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2015v1n1ID1702
PATTO, M. H. S. Para uma crítica da razão psicométrica. Psicologia USP, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 47-62, 1997. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-65641997000100004
PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para uma nova profissão. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, n. 17, p. 8-12, 2001. Disponível em: http://penta3.ufrgs.br/MIE-ModIntrod-CD/pdf/etapa2_as_novas_competencias.pdf. Acesso em: 20 abr. 2024.
QUINTERO, P.; FIGUEIRA, P.; ELIZALDE, P. C. Uma breve história dos estudos decoloniais. São Paulo: MASP, 2019.
RAMOS, M. N. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez, 2001.
RATIER, R. Escola e afetos: um elogio da raiva e da revolta. In: CÁSSIO, F. (org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019. p. 151-157.
RIBEIRO, D. O que é: lugar de fala. Belo Horizonte: Letramento, 2017. (Coleção Feminismos Plurais).
SALES, D. W. M.; ROCHA, J. A. Fascismo de Estado e microfascismo. Revista Ideação, Feira de Santana, v. 1, n. 39, p. 243-259, 2019. DOI: https://doi.org/10.13102/ideac.v1i39.4584
SAVIANI, D. Escola e democracia. 41. ed. Campinas: Autores Associados, 2009.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica. 10. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2008.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica e pedagogia da libertação: aproximações e distanciamentos. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 13, n. 3, p. 170-176, 2021. DOI: https://doi.org/10.9771/gmed.v13i3.47177
SAWAIA, B. B. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2017.
SAWAIA, B. B. Fome de felicidade e liberdade. In: CEPEC; FUNDAÇÃO CULTURAL ITAÚ; UNICEF. Muitos lugares para aprender. São Paulo: Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, 2003. p. 53-63. Disponível em: https://www.cenpec.org.br/wp-content/uploads/2019/08/10_muitos_lugares_aprender_seb.pdf. Acesso em: 20 abr. 2024.
SAWAIA, B. B. Psicologia e desigualdade social: Uma reflexão sobre liberdade e transformação social. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 21, n. 3, p. 364-372, 2009. DOI: 10.1590/S0102-71822009000300010
SEFFNER, F. Sigam-me os bons: apuros e aflições nos enfrentamentos ao regime da heteronormatividade no espaço escolar. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 145-159, 2013. DOI: 10.1590/1517-97022013000100010
SILVA, Célia Regina da; ROSA, Júlia Mazinini. A educação escolar, dinâmica de formação do caráter e a concretização do processo de formação dos valores pessoais. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 2, n. 3, p. 385-395, 2020. DOI: 10.5380/riep.v24i3.73094
SILVA, T. T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
SOUZA, S. M. B.; TONDIN, C. F.; CUNHA, L. H. de S.; SILVA, P. C. L. da. Psicologia e Serviço Social na educação básica de Minas Gerais a partir da Lei n. 13.935/2019: trajetória e contribuições. In: FACCI, M. G. D.; ANACHE, A. A.; CALDAS, R. F. L. (org.). Por que a Psicologia na Educação? Em defesa da emancipação humana no processo de escolarização. Curitiba: CRV, 2021. p. 33-51.
TONDIN, C. F.; ANDRADE, A. C. (In)visibilidade das temáticas de gênero e orientação sexual na construção da Base Nacional Comum. In: LEMOS, F. C. S.; GALINDO, D.; BICALHO, P. P. G. de; OLIVEIRA, P. de T. R.; REIS JÚNIOR, L. P.; BARROS, J. P. P.; SAMPAIO, A. M.; SILVA, J. M. de S. (org.). Clínica política, arte e cultura: subjetividades e a produção dos fascismos no contemporâneo. Curitiba: CRV, 2019. v. 8. (Coleção Transversalidade e Criação – Ética, Estética e Política)
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Aline Campolina Andrade, Celso Francisco Tondin, Flávia Cristina Silveira Lemos

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
This journal provides open access to all of it content on the principle that making research freely available to the public supports a greater global exchange of knowledge. Such access is associated with increased readership and increased citation of an author's work. For more information on this approach, see the Public Knowledge Project, which has designed this system to improve the scholarly and public quality of research, and which freely distributes the journal system as well as other software to support the open access publishing of scholarly resources. The names and email addresses entered in this journal site will be used exclusively for the stated purposes of this journal and will not be made available for any other purpose or to any other party.
The Perspectiva allow the author(s) yo hold the copyright without restrictions as well as publishing rights. If the paper will be republished later in another format, the author(s) should inform that it has originally been published as article in Perspectiva Journal and quote the complete references.