“Juegos de verdad”, educación y el ethos del fascismo contemporáneo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2021.e69860Resumen
El artículo problematiza la crisis de verdad en la contemporaneidad y sus relaciones con la constitución de un ethos del fascismo, presentando las implicaciones en la educación. Para ello, analiza los juegos de verdad implicados en las relaciones de saber-poder y sus criterios institucionales de legitimidad, considerando que esos criterios, nombrados como de veridicción, están siendo deslegitimados por los efectos discursivos de la pos-verdad, considerada una estrategia de construcción de un ethos del fascismo. El decir verdadero, y asimismo las condiciones para el decir verdadero son analizadas desde la perspectiva del filósofo Michel Foucault, lo que posibilita hacer tensión sobre el campo de luchas que circunscribe la idea de verdad y cómo, en la contemporaneidad, están siendo puestos en suspensión los criterios de veridicción por las narrativas que deslegitiman las instituciones del decir verdadero. El anti-intelectualismo, el ataque a la educación y a los educadores, así como a la imprenta, son tácticas que utiliza el fascismo para desconstruir la idea de realidad y suspender los criterios de veridicción.
Citas
ALONSO, Angela. A comunidade moral bolsonarista. In: Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil Hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 52-70.
ARENDT, Hanna. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
BOYD, Danah. Agnotologia, la fabricación de la ignorância. Callateral Bits, 26 mai., 2019. Disponível em: https://collateralbits.net/agnotologia-la-fabricacion-de-la-ignorancia/. Acesso em: 06 out. 2019.
CANDIOTTO, César. Foucault: uma história crítica da verdade. Trans/Form/Ação: São Paulo, n. 29, v. 2, p. 65-78, 2006.
DUARTE, André. Foucault e as novas figuras da biopolítica: o fascismo contemporâneo. In: RAGO, Margareth e VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs). Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 35-50.
DUSSEL, Inês. Sobre a precariedade da escola. In: LARROSA, Jorge (Org.). Elogio da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2017, p. 87-112.
FERNANDES, Alves Claudemir. Discurso e sujeito em Michel Foucault. São Paulo: Intermeios, 2012.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 9 ed. São Paulo: Graal, 1979.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 4 ed. São Paulo: Loyola, 1998.
FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos II. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. 3 ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2010a.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H.L.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010b, p. 273-295.
JARDIM, Alex Fabiano Correia Michel Foucault e a educação: o investimento político do corpo. Unimontes científica. Montes Claros, v.8, n.2 – jul./dez. 2006.
KAKUTANI, Michiko. A morte da verdade. Notas sobre a mentira na era Trump. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.
KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.
LEMOS, Ronaldo. Diante da realidade: seis ficções epistemológicas. In: Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil Hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 195-210.
LIMA, Nathan Willig et al. Educação em Ciências nos Tempos de Pós-Verdade: Reflexões Metafísicas a partir dos Estudos das Ciências de Bruno Latour. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. p. 155-189, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4933/9956. Acesso em: 18 out. 2019.
NEXO. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O-que-%C3%A9-%E2%80%98p%C3%B3s-verdade%E2%80%99-a-palavra-do-ano-segundo-a-Universidade-de-Oxford. Acesso em: 28 set. 2019.
NOGUERA-RAMIREZ, Carlos Ernesto. O governamento pedagógico: da sociedade de ensino para a sociedade de aprendizagem. 2009. 266f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.
ORWELL, George. O que é fascismo? E outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
PAXTON, Robert. A anatomia do fascismo. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
SEVERO, Ricardo Gonçalves; GONÇALVES, Suzane da Rocha Vieira; ESTRADA, Rodrigo Duque. A Rede de Difusão do Movimento Escola Sem Partido no Facebook e Instagram: conservadorismo e reacionarismo na conjuntura brasileira. Revista Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 44, n. 3, p. 1-28, 2019.
SIBILIA, Paula. Redes ou paredes. A escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
SIMONS, Maarten; MASSCHELEIN, Jan. Experiências escolares: uma tentativa de encontrar uma voz pedagógica. In: LARROSA, Jorge (Org.). Elogio da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2017, p. 41-64.
ROSA, Susel Oliveira da. Os investimentos em capital humano. In: RAGO, Margareth e VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 377-388.
SILVA, Roberto Rafael Dias da; FABRIS, Elí Terezinha Henn. O jogo produtivo da educabilidade/ governamentalidade na constituição de sujeitos universitários. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 44, maio/ago. p. 352-411, 2010.
STANLEY, Jason. Como funciona o fascismo: a política do “nós” e “eles”. Porto Alegre: L&PM,2018.
VALENCIA, Sayak; SEPÚLVEDA, Katia. Del fascinante fascismo a la fascinante violencia: psico/bio/necro/política y mercado gore. Mitologías hoy, vol. 14, p. 75-91, 2016. Disponível em: https://revistes.uab.cat/mitologias/article/view/v14-valencia-sepulveda. Acesso em: 22 out. 2019.
VEIGA-NETO, Alfredo. Coisas do governo. In: RAGO, Margareth; ORLANDI, Luiz B. Lacerda; VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). Imagens de Foucault e Deleuze: ressonâncias nietzschianas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, pp. 13-34.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Mozart Linhares da Silva, Betina Hillesheim
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.