La potencia de la narración en la educación geográfica: una reflexión epistemológica
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2022.e84225Palabras clave:
Educación geográfica, Narración, EpistemologíaResumen
La búsqueda de una educación geográfica que ofrezca un aprendizaje plural y diversificado conlleva a una conexión más profunda y sensible del sujeto con el mundo y, en este sentido, la narración adquiere una potencia reveladora de posibilidades, dado que permite (re)movilizar el lado artístico de la Geografía. Partimos de la idea de que el diálogo entre Ciencia y Arte se mantuvo, durante mucho tiempo, encubierto dentro de las reflexiones epistemológicas de la Geografía - hecho relacionado con el dominio de la hiperespecialización científica derivada del método pragmático-positivista - las formas de hacer y pensar la Geografía también estaban, a veces, reducidas y limitadas, por ejemplo, a operaciones estrictamente descriptivas; e incluso hoy, a pesar de los avances en áreas afines, adolece de la reducción de las posibilidades de leer el mundo. Así, en este artículo teórico y conceptual, reforzado por una investigación exploratoria y revisión bibliográfica sobre el tema, se pretende reflejar la relación entre narración y geografía, buscando ir más allá de su uso como recurso metodológico, destacando, también, la dimensión de lo sensitivo y el entrenamiento ocular. En este diálogo entre ideas y pensadores, pretendemos llenar un vacío y señalar caminos geográficos que contribuyan a la expansión del debate epistemológico que permea la educación geográfica.
Citas
ALPERS, Svletana. A arte de descrever. São Paulo: Edusp, 1999.
AGUIAR, F; BERNARDES, A; FRIGÉRIO, R. C. Tessituras de lugar: narrativas e pesquisa em Geografia. In: XII CONFICT – V CONPG, 2020, Campos de Goytacazes. Anais eletrônicos...Campinas, Galoá, 2020.
BEZERRA, J. B; MELO, F. P. Os dilemas da tríade geografia física, humana e disciplinas pedagógicas na formação do licenciado. I Colóquio Internacional de Educação Geográfica, 2018.
BROCKMEIER, J; HARRÉ, R. Narrativa: problemas e promessas de um paradigma alternativo. Psicologia: Reflexão e crítica, 16(3), 2003, p. 525-535.
BRASHER, Jordan P. Narrating space/spatializing narrative: where narrative theory and geography meet. The AAG Review of Books. 5(3), 2017. p. 180-182.
CALLAI, Helena C. Educação geográfica para uma formação cidadã. Revista de Geografia Norte Grande. 70, 2018, p. 9-30.
CARVALHO, Marcos B. O insípido está sempre incorreto. GEOgraphia, 2010, p. 140-156.
CASTELLAR, S; VILHENA, J. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
CORREA, M. A Evolução paradigmática da ciência geográfica: fronteiras epistêmicas e caráter pedagógico. Ensino & Pesquisa, v.12, n. 02, 2014, p. 42-51.
COSTELLA, R. Z; REGO, N. Educação geográfica e ensino de geografia, distinções e relações em busca de estranhamentos. Signos Geográficos, v.1, 2019.
COSTA, Paulo C. G. Quadros geográficos: uma forma de ver, uma forma de pensar. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017.
CLAVAL, Paul. Epistemologia da Geografia. Florianópolis, Editora UFSC, 2 ed., 2014.
DARBY, Henry C. O problema da descrição geográfica. Confins, 44, 2020.
KIMBLE, George H. T. A geografia na Idade Média. Londrina: UEL, 2000.
GREGORY, D. et al. The dictionary of human geography. 4 ed. Wiley-Blackwell, 2009.
GONZÁLES, Manuel Souto. ¿Qué escuelas de Geografia para educar en ciudadanía? In: Revista Didáctica de las Ciencias Experimentales y Sociales, n. 24. Valência: Editora daUniversidade de Valência, 2010.
KATUTA, A. A geografia, a cartografia, a descrição e a alienação. Estudos Geográficos, Rio Claro, 11(2), 2013, p. 98-110.
LUBRICH, O et al. Alexander von Humboldt: Revolucionando a literatura de viagem. Floema, Ano VI, n. 6, 2010, p. 31-71.
MARTINS, R. E. M. W; TONINI, I. M. A importância do estágio curricular supervisionado em geografia na construção do saber/fazer docente. Geografia, Ensino & Pesquisa, v. 20, n.3, 2016.
MENEZES, V. S; KAERCHER, N. A. Geografia e educação: uma discussão epistemológica. GEOSUL, 32(65), 8, 2017, p. 144-158.
MOREIRA, Ruy. O círculo e a espiral: para a crítica da geografia que se ensina – 1. Niterói: Edições AGB Niterói, 2004.
MOREIRA, Ruy. O que é geografia. São Paulo: Brasiliense, 2ªed, 2010.
MÜLLER, G. H. Jouissance de la nature. Le besoin artistique et le devoir scientifique de la description de la nature: conclusions de Friedrich Ratzel. Philosophie Scientia, n. S2, pg. 129-146. Disponível em https://bityli.com/9447kk. Acessado em: 20 set. 2021.
OLIVEIRA, R. D; SEEMANN, J. A geografia mora nos detalhes e no todo. GEOgraphia, 23(51), 2021, p. 1-12.
OLIVEIRA, G.E.P.L; PEZZATO, J. P. A potencialidade da pesquisa narrativa para as investigações sobre o ensino de geografia. Anais do IV SIPEQ, Rio Claro, 2010.
OZOUF-MARIGNIER, M. V.; ROBIC, M. C. A França no limiar de novos tempos: Paul Vidal de La Blache e a regionalização. GEOgraphia, ANO IX, n. 18, 2007.
PARKER, Joshua. What we talk about when we talk about space and narrative (and why we’re not done talking about it). Frontiers of Narrative Studies, 4(2), 2018, p. 178-196.
RATZEL, Friedrich. Sobre a narração da natureza. GEOgraphia, 23(51), 2021. https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2021.v23i51.a51686.
RATZEL, Friedrich. Sobre a interpretação da natureza. GEOgraphia, v.12, n.23, 2010, p. 157-176.
RAMOS, E. C. M. A dimensão estética do ensino de geografia: uma contribuição à renovação da geografia escolar. Geografia, Ensino & Pesquisa. v. 23, 2019, p. 1-28.
REGO, N. et al. Geografia: práticas pedagógicas para o ensino médio. Porto Alegre: Artmed, 2007.
REGO, N; KOZEL, S. Narrativas, geografias e cartografias: para viver é preciso espaço e tempo. Porto Alegre: Editora Compasso Lugar-Cultura/Editora IGEO, 2020.
RICOUER, P. The narrative function. In: RICOUER, P. Hermeneutics and the Human Sciences. Cambridge: Cambridge University Press, 1981, p. 274-296.
RODRIGUEZ, D. Description in space. Geography and narrative form. Frontiers of Narrative Studies. 4(2), 2018, p. 327–341.
ROQUÉ, Bianca. B. Geografia sensível e suas origens na estética. Geograficidade. V. 10, n. especial, 2020, p. 183-202.
SILVA, Marcia Alves Soares da. O eu, o outro e o(s) nós: Geografia das Emoções à luz da Filosofia das Formas Simbólicas de Ernst Cassirer (1874-1945) e das narrativas de pioneiros da Igreja Messiânica Mundial. 303 f. Tese (Doutorado em Geografia), Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2019.
SEEMANN, Jorn. Entre mapas e narrativas: reflexões sobre as cartografias da literatura, a literatura da cartografia e a ordem das coisas. RA’EGA. v. 30, 2014.
TUAN, Yi-Fu. Language and the making of place: a narrative-descriptive approach. Annals of the Association of American Geographers, 8(14),1991, p. 684-696.
VALLE, Laura B. A cartografia narrativa como possibilidade na educação geográfica: uma reflexão inicial. Giramundo. v. 4, n. 8, 2017.
VITTE, A.C; RIBAS, A.D. O curso de geografia física de Immanuel Kant (1724-1804): uma contribuição para a história e a epistemologia da ciência geográfica. GEOgraphia, v.10 (19), 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Marcia Alves Soares da Silva, Ricardo Devides Oliveira, Francisco de Assis Gonçalves Junior

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.
