Escrita na prisão: linhas de invenção e resistência

Autori

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n4p1398

Abstract

O objetivo deste artigo foi apresentar algumas reflexões e discussões a respeito da potencialidade da prática da escrita em um contexto de privação de liberdade a partir de uma oficina educativa realizada no Centro de Ressocialização Masculino (CR) de Rio Claro. A pergunta que orientou o estudo foi: o que movimenta e o que pode a escrita na prisão? Para isso, trouxe a narração de minha trajetória como professor de Ciências da Natureza neste espaço como forma de trazer contribuições para se pensar a disciplina, a punição e o cotidiano nos espaços prisionais. Foi realizada uma contextualização do sistema prisional como local de aprisionamento da pobreza, da disciplina ostensiva e reformativa sobre o indivíduo e o lugar que o CR ocupa nesse sistema prisional. Com relação à metodologia, para uma perspectiva da escrita, há contribuições teóricas na linha de autores como Deleuze e Foucault. Criar narrativas para o que observei ao atravessar um contexto prisional, tanto como professor quanto como pesquisador, aproxima-me do método cartográfico, o qual abriu possibilidades para se pensar a relação da prática da escrita com os processos de invenções de si e resistência ao poder disciplinar em espaços de encarceramento.

Biografie autore

Rafael Caetano do Nascimento, Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Rio Claro

Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Campus Rio Claro

Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo, Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Rio Claro

Pós-doutora pela Universidade de Barcelona, Espanha. Professora de Didática no curso de licenciatura em Ciências Biológicas e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Rio Claro.

##submission.downloads##

Pubblicato

2018-12-19

Come citare

Nascimento, R. C. do, & Camargo, M. R. R. M. de. (2018). Escrita na prisão: linhas de invenção e resistência. Perspectiva, 36(4), 1398–1418. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n4p1398