Pesquisa pós-qualitativa: contribuições críticas do pós-estruturalismo feminista
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n184032Palavras-chave:
epistemologia feminista, feminismo pós-estruturalista, pesquisa pós-qualitativaResumo
O objetivo do artigo é fazer uma viagem pelo desenvolvimento de epistemologias feministas,
cujas contribuições para as ciências sociais vão desde a exposição do viés androcêntrico de suas pesquisas, a rejeição das noções de objetividade e neutralidade dos métodos empíricos tradicionais, até a exposição dos sistemas de poder que criam e recriam os conceitos usados pela ciência em um determinado sistema social e político. Se a princípio as mulheres eram o principal objeto de estudo do feminismo, seu interesse se deslocou para outros marginalizados, indagando sobre as condições de possibilidade que mantêm sociedades profundamente desiguais. Três correntes da epistemologia feministas são revisitadas, com ênfase no pós-estruturalismo feminista por suas contribuições para a pesquisa pós-qualitativa pós-cartesiana.
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